Serralves :: Conselho de Administração, Ministérios da Cultura e do Trabalho terão de responder pela situação dos trabalhadores despedidos

Os movimentos FERVE e Precários Inflexíveis divulgaram há poucos dias o relatório resultante da acção inspectiva da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizada na Fundação Serralves. Esta acção teve como base a denúncia do FERVE da existência de trabalhadores em situação de “falsos recibos verdes” sob chantagem da administração da Fundação. O relatório confirmou o despedimento ilegal dos trabalhadores recepcionistas da mesma Fundação e a presunção da existência de  contrato de trabalho (que lhes era negado).

Ficou portanto confirmada a ilegalidade da posição da administração de Serralves, bem como a razão dos trabalhadores, dos movimentos, e das inúmeras personalidades da vida cultural do país que apoiaram de imediato os trabalhadores chantageados.

Com base na informação que os movimentos FERVE e PI forneceram a todos os grupos parlamentares, foram já dirigidas questões ao Ministério da Cultura, Ministério do Trabalho e Solidariedade Social e redigida uma Carta Aberta ao Conselho de Administração de Serralves. A iniciativa partiu do deputado José Soeiro (do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda).

A direcção da ACT terá entretanto de responder porque motivo ocultou o relatório durante cerca de um mês, prejudicando gravemente os trabalhadores despedidos. O Conselho de Administração da Fundação Serralves, que inclui nomes como: Luís Braga da Cruz (presidente do Conselho de Administração e ex-ministro da economia de Guterres), Luís Campos e Cunha (ex-ministro das finanças de Sócrates) ou Elisa Ferreira, agiu ilegalmente contra os trabalhadores negando-lhes direitos fundamentais, terá por isso de responder com responsabilidade acrescida.

Aguardamos as respostas às questões colocadas pelo deputado, bem como outras iniciativas que tragam justiça e exijam os direitos essenciais e urgentes para as vidas das pessoas que foram atingidas.