Sindicatos criticam imposições do FMI
As centrais sindicais CGTP e UGT concordaram hoje que as medidas que a troika do FMI e da Comissão Europeia são inaceitáveis por atacarem os trabalhadores e porque estas medidas já mostraram o seu falhanço na Grécia e na Irlanda.
Para a CGTP o período para a redução do défice deve ser aumentado, pois, segundo carvalho da Silva, isso representaria pacotes de austeridade que já foram aplicados noutros países e sem resultados. O secretário-geral da Inter-Sindical defendeu ainda que o ajustamento orçamental até aos 3% deve ocorrer até 2013.
Já João Proença afirmou que “neste acordo em curso de negociação, tem que haver uma clara opção nos sacrifícios exigidos: melhorar a coesão ou promover o aumento da conflitualidade social”. Assim, a UGT não deixou pedir atenção não só para as dimensões económicas e financeiras, mas também para as questões sociais.
Apesar de não se conhecerem as medidas que a troika pretende implementar, o aumento do salário mínimo para 500€ ainda este ano, o corte no subsídio de natal e de férias e a facilitação dos despedimentos são áreas em que os sindicatos não estão dispostos a negociar.
Os Precári@s Inflexíveis assinalam a importância destas posições das centrais sindicais, que cortam com o unanimismo que se tem sentido nas personalidades e nos actores sociais, que têm convergido estranhamente na necessidade de massacrar os trabalhadores e os mais pobres às mãos do FMI e dos seus parceiros nacionais e internacionais.
Notícia Público.
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Bla bla bla, e como fica os recibos verdes ?
«Bla bla bla, e como fica» quem não é recibo verde? E quem não é funcionário público? E quem não é investigador? E quem não é artista? E quem só tem o 12º? E quem só tem o 9º? E quem só tem a 4ª Classe? E não arranja emprego? E quem tem emprego, mas é explorado e mal tratado?
Vocês perdem-se por entre a floresta. A precariedade é o problema. Recibos Verdes é apenas uma parte do problema: a precariedade nos jovens, mas na sociedade em geral. Há muito mais que isso.
Eu sou jovem, preocupo-me mais com a minha situação do quem com quem 40. Mas hoje tenho 27, amanhã vou ter 40 e ninguém lutará por mim. Temos de lutar por todos, em nome de todos, não em «rodriguinhos» segmentários.
Fiquei muito contente com as acções «artistico-terroristas» em Lisboa e pelo país. São boas. E vitais. É preciso dar sinais de que o povo está atento. Agora, sou sincero, isto não vai lá com entrega de papéis na Assembleia.
Caro anónimo. É muito pouco perceptível qual é a sua proposta de luta. Uma manifestação? O reforço das organizações de luta existentes? A criação de estruturas novas? Só consegui perceber “hoje tenho 27, amanhã vou ter 40 e ninguém lutará por mim.”, é verdade.
Ninguém lutará por si, e é necessário que hoje cada pessoa deixe de berrar sozinha para passar a juntar a sua voz e força aos outros.
Há cada vez mais movimento e organizações, e mais abertas. Por isso, se estas não servem, está na hora de avançar para outra. Quer dar o primeiro passo?
Abraço
A UGT e a CGTP reunindo com os representantes do FMI e de Bruxelas, ontem, deram assim o aval às tropas ocupantes, a chamada troika.
Nada lhes serve lamentaram-se, expressando o desacordo em algumas das medidas que poderão ser defendidas pela “troika”, para apagar o papel de subserviência ao capital.
Pedindo que batem mais devagar, a CGTP e a UGT mostraram a sua impotência face ao ataque do grande capital, demonstrando assim uma fraqueza que mais tarde os trabalhadores poderão pagar caro.
Nenhuma das Centrais Sindicais exprimiu o repúdio ao pagamento da dívida – a CGTP chegou afirmar muito candidamente que, que a taxa de juro a aplicar a Portugal pelo empréstimo “não pode ser o dobro ou o triplo do que pagam os países em melhores condições”… seria para rir, se não fosse caso muito sério… mas é exactamente quando os países estão na mó de baixo, que os vampiros do FMI “emprestam” dinheiro a altos juros – basta ver o exemplo da Grécia, da Irlanda e como o da Argentina o foi.
Entretanto os partidos da chamada esquerda parlamentar recusaram reunir por sua vez com a “troika”, mas continuam a não defender o que cada vez mais vários sectores da sociedade já se manifestam também defender, O NÃO PAGEMENTO DA DIVIDA PÚBLICA E A RECUSA DO “IMPRESTIMO” envenenado do FMI e da UE.
Os trabalhadores deviam estar na rua a combater estas tropas ocupantes, demonstrando assim que os trabalhadores podem vencer a crise contra o capital.
Não existe outra solução, outra saída.