Sócrates: o Robin Hood do avesso

As contas foram feitas não por movimentos de trabalhadores precários, sindicatos ou partidos da oposição. As contas foram feitas pelo Tribunal de Contas. As contas são claras: apenas 1% do dinheiro para o combate anticrise foi para a criação de emprego.

No mundo da propaganda de Sócrates muita coisa foi dita, mas a verdade é nua e crua: 61% dos 2,2 mil milhões de euros de dinheiro de impostos destinado a combater a crise foram direitinhos para os bancos.

Depois, o resto do dinheiro, 36% dos 2,2 mil milhões de euros, foi para as empresas.


Isto foi em 2009, quando o Governo nos disse que a crise internacional se estava a abater sobre nós e que por isso foi deitar milhares de euros de impostos no fosso das instituições bancárias que tinham trazido a crise para Portugal devido à sua exposição aos activos tóxicos internacionais e à sua gestão danosa.

Isto foi em 2009, quando o Governo fez subir o défice de 2,9% para 9,3%, e tudo para ajudar os bancos.

Agora, no final de 2010, mais de 2 milhões de pessoas foram chamadas à Segurança Social para que se pudesse cortar o abono de família, milhares de pessoas perderam o subsídio de desemprego e subsídio social de desemprego por causa das novas e mais restritivas regras, agora centenas de pessoas que nada têm perderam o RSI, agora há 700 mil desempregados, agora há mais gente a viver com fome e mais gente na miséria.

Se dois terços da ajuda anticrise foi para o sector bancário isso quer dizer que Sócrates é o Robin dos Bosques do avesso.

Notícia Público aqui.
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