Solidariedade com despedidos/as na Controlinveste
“Controlinveste despede 160 funcionários”, é o título é recente que tem feito manchetes na imprensa nacional. As mostras de solidariedade para com os trabalhadores do grupo multiplicam-se e ocupam ruas, redes sociais e blogues. A Associação de Combate à Precariedade repudia o despedimento dos trabalhadores e alerta para a precariedade que se vive no sector.
A Controlinveste Conteúdos, empresa de media detentora dos títulos Diários de Notícias, Jornal de Notícias, TSF e O Jogo, anunciou esta quarta-feira, 11 de Junho, um processo de redução de efetivos que vai implicar a saída de 160 trabalhadores do grupo. Do processo fazem parte um despedimento colectivo de 140 colaboradores e rescisões amigáveis com 20 trabalhadores.
Sem experimentar alternativas, a Controlinveste optou pela solução mais fácil, o despedimento em massa. Mais de uma centena e meia de pessoas são atiradas para o desemprego forçado num país em que, segundo a OCDE, 17,6% da população ativa está desempregada e 40% dos jovens não encontra trabalho.
A crise dos media, anunciada de há uns anos a esta parte, tem sido motivo não apenas para despedimentos sucessivos, como também para a agudização da precariedade no sector. Recibos verdes, contratos a termo, baixos salários e trabalho gratuito de estudantes e jovens licenciados são apenas algumas das situações que ilustram a precariedade do meio.
A Associação de Combate à Precariedade repudia não apenas os despedimentos ontem anunciados, como toda e qualquer forma de precariedade existente no sector e solidariza-se com todos os profissionais e não profissionais que vislumbraram esta área como futuro.