Somos todas empregadas domésticas
Este vídeo está viral nas redes sociais porque um grupo de mulheres que pintava um cartaz na rua foi interrompido pela polícia. São sinais preocupantes de um Estado que já não reconhece as suas cidadãs e os seus cidadãos.
«Incidente na Baixa do Chiado em frente ao Café A Brasileira – Lisboa – no dia 24/03/2012 na pintura de um cartaz interrompido: Somos todas empregadas domésticas.
Ontem foi um dia intenso. E ao mesmo tempo, infelizmente, perturbador.
O estado das coisas em Portugal está, lentamente, a afundar os direitos básicos que adquirimos com a queda do regime ditatorial. É algo camuflado, muito subtil, mas que destrói todo o conceito de liberdade que devia estar mais do que instaurado numa sociedade como a nossa, dita “moderna”. Obviamente, também nos faz questionar o papel da autoridade. O próprio conceito de autoridade é discutível, mas importa perguntar que pessoas são estas a quem entregamos este poder. Pessoas essas que, por várias vezes nos têm mostrado não ter o discernimento para avaliar profissionalmente as situações com que se deparam. Pessoas essas que desafiam cegamente, sem questionar, direitos que muito provavelmente elas próprias defendem quando não estão de serviço. E isto leva-nos ao medo. O medo instalado de desrespeitar ordens. De perder o emprego. De fazer o que está certo. Várias questões surgem na minha cabeça quando penso em tudo isto: o que é uma manifestação? Quantas pessoas formam uma manifestação? Um cartaz com umas letras é uma manifestação? E se fosse um desenho? E se fosse uma folha A4 em vez de um cartaz, com as mesmas palavras? Perguntas estúpidas para uma situação que, pela sua natureza, se tornou estúpida ontem.»
Ontem foi um dia intenso. E ao mesmo tempo, infelizmente, perturbador.
O estado das coisas em Portugal está, lentamente, a afundar os direitos básicos que adquirimos com a queda do regime ditatorial. É algo camuflado, muito subtil, mas que destrói todo o conceito de liberdade que devia estar mais do que instaurado numa sociedade como a nossa, dita “moderna”. Obviamente, também nos faz questionar o papel da autoridade. O próprio conceito de autoridade é discutível, mas importa perguntar que pessoas são estas a quem entregamos este poder. Pessoas essas que, por várias vezes nos têm mostrado não ter o discernimento para avaliar profissionalmente as situações com que se deparam. Pessoas essas que desafiam cegamente, sem questionar, direitos que muito provavelmente elas próprias defendem quando não estão de serviço. E isto leva-nos ao medo. O medo instalado de desrespeitar ordens. De perder o emprego. De fazer o que está certo. Várias questões surgem na minha cabeça quando penso em tudo isto: o que é uma manifestação? Quantas pessoas formam uma manifestação? Um cartaz com umas letras é uma manifestação? E se fosse um desenho? E se fosse uma folha A4 em vez de um cartaz, com as mesmas palavras? Perguntas estúpidas para uma situação que, pela sua natureza, se tornou estúpida ontem.»
Vê também o site da ComuniDária.
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é simples, a lei portuguesa é explicita nisto, faixas pintadas com slogans de cariz social e ajuntamentos enquadram-se perfeitamente no que se chama manifestação e as manifestações têm que ser por lei notificadas às autoridades competentes, assim como as greves.
Não sou a favor do presente governo nem a favor de radicalismos quer da direita quer da esquerda, apenas dou aqui o meu parecer completamente apolitizado daquilo que acho que também é necessário à organização da sociedade, claro que não seria correcto passarmos a ter uma sociedade onde um grupo qualquer fizesse uma greve geral sem sequer comunicar às autoridades que o ia fazer. Assim como as manifestações, estas podem ferir susceptibilidades (o que não é o caso desta) e podem causar além de desconforto ira e raiva que poderá acabar em confrontos. É o mesmo que eu decidir fazer uma gay parade no meio do texas rural sem notificar as autoridades, já sabem no que é k ia acabar n sabem? além dos confrontos com os “anti gay” a própria polícia acaba por ter uma actuação tardia.
Não sejamos inflexiveis, sejamos sim racionais e arranjar um compromisso entre o que podemos suportar e aquilo que queremos alcançar.
Caro Sr. Carlos,
Ao contrário do que lhe parece, a lei portuguesa não diz que os cidadãos necessitam autorização:
Artigo 45º da Constituição da República Portuguesa
(Direito de reunião e de manifestação)
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.
As autorizações pedem-se em grande parte para garantir a segurança da manifestação (os cidadãos têm o direito de ver garantida a sua segurança em manifestação), o que significa que a polícia está lá em primeiro lugar para garantir a segurança física dos cidadãos manifestantes.
Já agora convido-o a pensar se o que escreve não é, em si um radicalismo, talvez dos piores porque disfarçados ou inconscientes: face a questões gravíssimas, impor uma moderação violenta, destituindo de força os poucos instrumentos de que os cidadãos dispõem para legitimamente demonstrarem a sua indignação e as suas propostas. O politicamente correcto minou a democracia – a sua clareza, os seus usos e práticas plurais, a sua discussão pública.
Cumprimentos.
C.S.
Caro(a) Sr(a). C.S. Também considero que toda a gente deve poder manifestar-se, aliás, creio que isso é um dos alicerces da sociedade em que vivemos, mas de igual forma também considero que estas devem ser reguladas e não podem ser “de qualquer maneira”
Também acredito que se sairmos do “politicamente correcto” e passarmos a agir de forma igual aos que neste momento nos governam e incorremos em ser rotulados de “iguais a eles”.
Esta é a minha forma própria de ver a vida e é nestas linhas que eu me guio, pois também posso dizer que sou socialista e que todos os cidadãos são iguais e depois chamo-me Estaline que nem de perto nem de longe era tão “bom” como o Hitler. Quero com isto dizer e na base da discussão saudável e construtiva que se deixamos de parte os nossos valores e o tal politicamente correcto para combater os que nos oprimem e os que nos cortam no salário por não sentarem na cadeira dos réus quem deviam, acabamos por ser como eles. Este “eles” entenda-se por todo aquele que tem poder de decisão e o usa em proveito próprio ou dos seus comparsas.
Agradecemos por aqui, na ComuniDária, a informação transparente, questionadora e também a solidariedade.
Estamos juntos/as em muitas ações! Abraços, Magdala de Gusmão
Bom post!
Eu Acho exactamente o mesmo, mas também acho que podemos sempre tentar fazer algo mais por nos próprios… Apos pesquisa relacionada, verifiquei alguma informação que Vos poderá ser útil:
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Tudo de Bom para Vocês,
Abraço