Sondagem indica que toda a sociedade está contra os planos do Governo e da troika
Uma sondagem da Universidade Católica realizada semanas antes da manifestação de sábado passado (ver ficha técnica) dá conta de que a sociedade portuguesa em peso não concorda com os planos do Governo e da troika e que há, entre os cidadãos e cidadãs, enormes consensos quanto às prioridades que um Governo decente deveria ter.
Esta sondagem explicar muito do que se passou a 2 de março: o Governo e a troika têm um plano que ninguém quer e que é contrário ao que o povo precisa e deseja. Por isso é que, apesar do silêncio sepulcral do Governo e da troika e da falta de anúncio das medidas que irão cortar 4 mil milhões de euros ao Estado Social, as pessoas invadiram as ruas do país exigindo a demissão do Governo e a expulsão da troika.
A sondagem dá conta de que as pessoas acreditam que os cortes de 4 mil milhões vão cair sobre a Saúde (61%), a Educação (54%) e a Segurança Social (52%). Pelo contrário, a sociedade estaria disponível a cortes nas Parcerias Público Privadas (57%) e nos juros da dívida (36%), contratos nos quais o Governo e a troika não querem mexer com medo de retirar alguns milhões aos banqueiros e à finança internacional. Aliás as pessoas acreditam que os interesses das PPP e da troika serão “ferozmente defendidos” por Passos, Portas e Gaspar.
O desemprego é o problema que as pessoas acreditam que deve ser a prioridade principal do Governo, ao contrário do que tem sido feito até agora.
Este é mais um cartão vermelho ao Governo, pois já é um cadáver sem legitimidade e que governa para a finança internacional e não para o povo.
Amanhã, no debate que os Precários vão promover no MOB, discutiremos o Governo que não ouve e as soluções para os demitirmos.
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