Surpresa: depois da crise precários defendem mais Estado social e emprego com direitos
Chamam-lhe resultado-surpresa de um estudo sobre as atitudes face ao Estado social: os trabalhadores precários defendem e querem mais Estado social depois da crise económica.
De acordo com o Público desta terça-feira, os investigadores que publicaram o estudo na revista Political Studies consideraram surpreendente que os precários, vistos como outsiders do sistema por não terem acesso a muitas das promessas do Estado social, pretendem um reforço da Segurança Social e esperam ter acesso a uma pensão tal como ela está hoje desenhada. Os insiders, ou trabalhadores permanentes, mantém a defesa do Estado social, pelo que se verifica uma hegemonia na sociedade na sua defesa.
Mais, ambos os grupos são contra políticas assistencialistas de apoio preferencial aos mais pobres e antes preferem políticas universalistas, baseadas nos descontos dos trabalhadores.
“No caso português, ao contrário do que seria de esperar, a crise levou a que os outsiders desejassem mais
políticas sociais dependentes de contribuições e de descontos. Isto é, políticas sociais de que não beneficiam nem podem vir a beneficiar, a não ser que arranjem um emprego estável”, explica Filipe Carreira da Silva ao Público.
Assim, este estudo denúncia que o país não aceita a precariedade como regra e quer a manutenção e o incremento do Estado social, nomeadamente das pensões e dos apoios ao desemprego.
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