TAP continua a afirmar que não vai respeitar a lei na greve da Groundforce e Portway

O Público noticia hoje que Tribunal Arbitral do CES (Conselho Económico e Social) considerou obrigatória uma ligação para Ponta Delgada e outra para o Funchal e todos “os voos impostos por situações críticas à segurança de pessoas e bens, incluindo os voos-ambulância e movimentos de emergência”. A TAP continua a afirmar que não vai cumprir a lei.

Relembramos que os sindicatos que convocaram a greve foram quatro: o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA). Estes sindicatos afirmaram desde o início que iam cumprir os serviços mínimos, algo que ficou escrito no pré-aviso de greve.
Pelo contrário, a TAP pela voz do seu responsável máximo, Fernando Pinto, afirmou desde o início que não iria cumprir a lei da greve, dando largas ao sentimento de impunidade do patronato em Portugal.

Este responsável que em 2008 recebeu mais de 816 mil euros do erário público, e que mantém um salário declarado de 30.000€/mês (420.000€ por ano), ilustra bem o contraste entre as vantagens dos patrões e os sacrifícios máximos aos trabalhadores que hoje, literalmente, lutam pela vida, a sua, e a dos seus.

Perante a arrogância e a violência do ataque que todos sentimos, reforça-se a importância da união dos trabalhadores e da resposta conjunta das várias organizações, algo que fica positivamente salientado neste caso. A presença de alguns fortes piquetes organizados pelos sindicatos foi marca da Greve Geral. Mais uma vez, na TAP, a força para fazer justiça à lei parece necessária.

Nota: quanto à polícia e à diligência com que os comandos costumam enviar o corpo de intervenção para junto dos piquetes de greve no sentido de os agredir e desmobilizar, têm agora de lidar com uma posição clara do tribunal arbitral do CES, e portanto, menos espaço para ultrapassagens pela direita à democracia e à lei da greve para os comandos das forças da ordem (estabelecida).

Ver:
Fernando Pinto (Presidente da TAP) anuncia violação da lei da greve no país da impunidade
Serviços mínimos durante a greve do handling limitados a dois voos para as ilhas
Presidente da TAP é o gestor público mais bem pago
Fernando Pinto duplica salário na TAP

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