Testemunho: fisioterapeuta despedido ilegalmente depois de 2 anos a falsos recibos verdes
Partilhamos aqui mais um testemunho que recebemos, em que nos é relatada uma situação em que, depois de impor os falsos recibos verdes e negar o devido contrato de trabalho durante dois anos, a empresa despediu sem justificação ou motivo. Porque conhecemos esta realidade demasiado comum, propomos e respondemos com urgência da Lei Contra a Precariedade: se já estivesse em vigor, a detecção desta situação poderia garantir com a rapidez necessária o acesso ao contrato de trabalho e aos direitos roubados pela precariedade ilegal.
Venho por este meio dar o meu testemunho como “falso” recibo verde na Quadrantes – Clínica Médica e Diagnóstico, Lda – Unidade Medicina Desportiva. Tenho 25 anos e sou Fisioterapeuta licenciado (2009) e desde Janeiro de 2010 com “contrato” de prestação de serviços na referida clínica, mas nunca exercendo funções como trabalhador independente (verdadeiro), pois sempre cumpri horários estabelecidos na clínica e sempre exerci a minha actividade com material e infraestruturas da mesma.
Neste ano de 2012, caminhando para mais de 2 anos de serviços prestados, recebo no dia 7 de Fevereiro 2012 um telefonema de uma colega fisioterapeuta da mesma entidade, que foi encarregue pelo Director Clínico da unidade de Medicina Desportiva da função de me “dispensar” por telefone e sem qualquer argumento que o justifique, acrescendo ainda à infeliz coincidência de estar impedido de trabalhar desde o passado dia 2 de Fevereiro por ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica. Intervenção essa que me iria impedir de regressar ao trabalho antes do dia 13 de Fevereiro (ordem médica), mas que por minha opção iria ser interrompida já no próximo dia 8 de Fevereiro, pois o trabalho faz-me falta para pagar as minhas despesas. [O testemunho foi-nos remetido há alguns dias atrás, o que explica as datas referidas]
Sem apelo nem agravo, sou dispensado por telefone, sem qualquer justificação e sem que me seja concedido sequer um esclarecimento dos motivos pelo qual sou dispensado.
Sou mais um “sem trabalho” sem ter qualquer proteção laboral ou social, mas com todos os deveres fiscais e sociais para cumprir e fundamentalmente com necessidade e desejo de trabalhar por uma vida melhor.






