Testemunho: Parfois pede aos trabalhadores para não falarem com a imprensa
Na página do facebook “Parfois escraviza trabalhadores” uma funcionária da Parfois denunciou que no interior da empresa estarão alegadamente a circular mensagens e emails proibindo os funcionários da Parfois a “falarem com jornalistas e com pessoas fora da empresa”.
A mesma pessoa que faz esta denúncia confessa que teve de criar um perfil fictício no facebook para poder dar a sua opinião acerca do caso que os Precários Inflexíveis publicaram há uma semana.
Para além desse caso, que continuamos a acompanhar, têm surgido mais testemunhos de alegadas práticas laborais irregulares nessa cadeia de lojas.
De acordo com pessoas que comentaram a referida página no facebook, no Norte Shopping as funcionárias são obrigadas a entrar às 8h30, quando o seu contrato diz que deveriam entrar às 10h, não recebendo as horas trabalhadas a mais e é normal saírem às 18h, quando deveriam sair às 17h. Para além disso, segundo o mesmo comentário, as funcionárias têm apenas 30 minutos para almoçar, sofrem diariamente ameaças de corte nas comissões e os registos vídeo são usados nas suas avaliações.
A Parfois do Maiashopping também aparece referida no facebook. Segundo um comentário de um alegado ex-funcionário, a gerente utilizava o “mês de experiência” para que as funcionárias trabalhassem até mais 3h por dia, às vezes até às 4h da manhã. Este funcionário, que terá saído antes do mês de experiência, queixa-se ainda de não ter recebido um cêntimo desse trabalho.
Há outros comentários nessa página onde se reafirma que a Parfois não paga as horas trabalhadas a mais e que existe uma chantagem psicológica sobre as funcionárias para que trabalhem sempre até 11h diárias. Também as idas à casa de banho, de acordo com esse comentário, são sempre acompanhadas de comentários por parte das responsáveis da loja.
A denúncia da semana passada abriu espaço a outras denúncias acerca desta marca que não podemos deixar de olhar. Sabemos que a Parfois é apenas um bom exemplo das más práticas no comércio a retalho, mas, a confirmarem-se os testemunhos que referimos, a Parfois tem de alterar essas práticas e cumprir as leis do trabalho.
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Impressão minha, ou a SONAE, agora, na região de Alverca, anda a contratar malta via agências de emprego temporário. SONAE está numa de poupar dinheirinho, está visto.
Por culpa de empresários javardos como o Belmiro de Azevedo, é que o país está como está. Empresários que se agarram a tipos de negócio que não levam nenhuma riqueza a um país nem produzem nada a não se precariedade e exploração aos produtores.