Trabalhador da Bulhosa suspenso após acção de protesto

A abertura da Feira do Livro de Lisboa, na passada 5ª feira, ficou marcada por mais uma acção de protesto dos trabalhadores e trabalhadoras das livrarias Bulhosa, que desde há vários meses se mantêm em luta pelo pagamento dos salários em atraso. No panfleto distribuído aos visitantes da Feira, os trabalhadores, numa acção apoiada pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços, insistiram em tornar público o desrespeito pelos seus rendimentos e direitos. A reacção do Grupo Civilização, detentor das livrarias Bulhosa, foi brutal: no dia seguinte ao protesto suspendeu um dos trabalhadores, que havia prestado declarações à SIC.
A justificação perante o trabalhador foi simplesmente de que “não reúne condições para trabalhar na empresa”; à imprensa, o assessor do Grupo Civilização limitou-se a dizer que “a empresa não comenta questões internas relacionadas com os seus funcionários”. Ao incumprimento das suas obrigações legais a empresa acrescenta a prepotência de quem desrespeita totalmente os direitos dos trabalhadores.
Deixamos aqui a nossa solidariedade com o trabalhador suspenso sem qualquer justificação legal e com todos os trabalhadores vítimas dos vários incumprimentos da Bulhosa. Saudamos também a persistência e a coragem destes trabalhadores e esperamos que a prepotência do Grupo Civilização não vingue, restituindo finalmente os salários em falta e readmitindo o trabalhador agora suspenso apenas por ter exercido o direito básico de lutar contra as arbitrariedades da sua entidade patronal.
Notícia no Expresso aqui, com o vídeo reportagem da SIC.
Mais informações no grupo no Facebook “Os ordenados em atraso da Bulhosa”.
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