Trabalhadores da Groundforce anunciam greve de 6 dias
Os trabalhadores da Groundforce, empresa de “handling” comparticipada pela TAP, estarão em greve durante a totalidade dos dias 23 e 29 de Dezembro e durante algumas horas dos dias 22, 24, 28 e 30.
Diversos sindicatos estão envolvidos: Sindicato da Indústria Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA).
Estes trabalhadores contestam a elevada precariedade em que as suas vidas estão cada vez mais mergulhadas, assim como a extinção da escala algarvia e a tentativa de despedimento de centenas de trabalhadores no aeroporto de Faro. E garantem os serviços mínimos e a segurança e manutenção de equipamentos e instalações durante o protesto.
Os Precários Inflexíveis estão solidários com os trabalhadores da Groundforce e a sua greve. Bem sabemos que os aeroportos portugueses estão mergulhados em precariedade, mas melhor sabem-no todos os precários que neles trabalham. Relembramos que foi exactamento num aeroporto, o de Lisboa, onde arrancou a Greve Geral do passado dia 24 de Novembro. Porque a precariedade não é a solução para a vida das pessoas, porque sabemos que há alternativas e a chantagem a que somos diariamente submetidos pode ser vencida, estamos com a greve, estamos com o contra-ataque que para travar a austeridade.
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Notícia do Jornal Público (aqui)
As greves neste país, deviam ser gerais, e não só da Função Pública. A verdade é que a UGT e a CGTP defendem, na sua maioria, apenas as pessoas da Função Pública. Temos que ser realistas e honestos. Eles não se preocupam com quem é repositor de hiper; empregado de call-center; etc. Preocupam-se com quem lhe dá os lugares: Função Pública. Uma greve «a sério» neste país, teria que ser mesmo geral, e não de um dia, mas vários. E para ter impacto, tem que se convencer as pessoas da área dos transportes e, sobretudo, os camionistas. Estes últimos, sozinhos, conseguiram parar um país em dois ou três dias. Se se quiser uma greve com impacto brutal, tem que se convencer os camionistas. Sem eles, esqueçam.
Mais uma greve.
Desta vez, convocada pelos sindicatos representantes dos trabalhadores da Groundforce, empresa de serviços aeroportuários ligada à TAP. A verborreia sindical é a ladainha do costume: os “direitos dos trabalhadores“, a “prepotência da entidade patronal“, a “incapacidade negocial” e todos os outros chavões utilizados em altura de greve.
Confesso que estou farto. Estou farto não só do disco riscado que é a cantilena sindical, mas – sobretudo – que os sindicatos perpetrem as suas lutas à custa dos utentes – neste caso, dos passageiros – verdadeiras vítimas inocentes do fogo cruzado entre “trabalhadores” e “entidade patronal”. Tão lestos a gritar pelos “direitos dos trabalhadores“, nunca os sindicatos se preocuparam com os “direitos dos utilizadores“; clamando-se vítimas da “prepotência da entidade patronal“, esquecem-se os sindicatos da sua própria prepotência: a “prepotência sindical” a que sujeitam quem privam dos serviços paralisados pela greve.
Deixar de me solidarizar com as lutas dos trabalhadores é o máximo que posso (e vou) fazer. É, infelizmente, pouco… tenho raiva de mais nada poder fazer, perante sindicalistas cujo principal critério na marcação das suas lutas sindicais é maximizar os transtornos causados à população. Na Transtejo, marcam-se greves das 6:00 às 9:00, para estragar o dia a quem trabalha; na CP, marcam-se greves às Sextas-feiras, para estragar o fim-de-semana a estudantes e trabalhadores deslocados; na TAP e na Groundforce, marcam-se greves junto à Páscoa e ao Natal, para estragar as quadras festivas a toda a gente.
@ António Pedro: caro sr, concordo consigo que a data do natal não foi a melhor escolhida, pois se estou solidária com os trabalhadores da groundforce também o estou com as centenas de emigrantes que esperam passar o natal com as suas famílias.Agora não posso concordar com o seu discurso contra os sindicalistas! alias, não posso estar mais em desacordo. não são os sindicalistas que são os culpados meu caro sr,mas sim os que mandam neste país. A sua hipocrisia,a mentira descarada mas promessas de eleições, a FALTA DE RESPEITO por quem trabalha e pelo cidadão português é de bradar aos céus.Recuso-me a perder direitos que foram conquistados com as duras lutas sindicais, recuso-me a achar normal ser despedida via e-mail enviado á comunicação social e SABER POR ELA que já não tenho trabalho (foi o que aconteceu com a escala de Faro!!!!), recuso-me a ter medo de falar no meu trabalho e a exigir os meus direitos porque sou despedida,recuso-me a trabalhar sem ser paga (essa do banco de horas é simplesmente genial!), recuso-me a ser despedida “com mais facilidade” como exige a União Europeia!mas para onde vamos afinal?!!!!! voltar ao tempo da censura e do medo?!!!!Sou filha de Abril, tenho 37anos, muitos á minha frente de trabalho mas já “velha” para iniciar carreira em outro lugar…exijo respeito como trabalhadora e QUEIRA O SR. QUER NÃO, SE NÃO FOSSEM OS SINDICATOS E O “SEU DISCURSO” estamos em situação pior do que antes do 25 de Abril.e isso, meu caro sr. não poderei concordar…que se faça greve!que se grite bem alto o descontentamento de ser tratado como reles mercadoria que se pode dispensar através de clic de rato!FACISMO? NUNCA MAIS!!!!!