Trabalhadores das autarquias em greve
Com uma greve que começou à meia noite de hoje, os trabalhadores das autarquias, empresas municipais, bombeiros e empresas privadas prestadoras de serviços públicos locais cumpriram uma protesto de 24 horas. As previsões do STAL (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública) apontavam para uma boa adesão, que se concretizou numa forte paralisação nos serviços de recolha de lixo e limpeza de ruas na maior parte das cidades do país.
Foram mais de 60%, os trabalhadores e trabalhadoras que aderiram à greve, e chegaram a existir sectores que encerraram por completo, como por exemplo no Barreiro. Durante o dia, vários serviços de atendimento foram também afectados. O balanço pode ser visto no site do STAL.
No entanto a greve foi também marcada por vários actos intimidatórios face aos grevistas, que foram “visitados” na noite anterior, ou mesmo casos em que faixas foram retiradas, o que viola a lei da greve.
Já aqui havíamos dado conta desta greve, saudando o protesto e os motivos para ele. Não podemos estar mais de acordo com os trabalhadores da Administração Local. Esta greve constitui um sinal para as forças políticas de que é necessária uma mudança ao nível do caminho que tem sido seguido na Administração Pública. O sindicato questiona o facto destes trabalhadores estarem a ser empurrados para a mobilidade especial e exige ainda que sejam regularizadas milhares de situações de emprego precário actualmente existentes, medida esta que o Governo tem reiteradamente recusado cumprir.
Esta greve é justa e um sinal claro de que a deterioração das condições de trabalho não pára de ganhar terreno nas autarquias, como aliás em todos os sectores do Estado. Foi esse o sentido do lançamento da campanha Autarquia Sem Precários, que continua a procurar romper o silêncio imposto pela precariedade, juntando-nos a todas as vozes que não aceitam que esta situação se mantenha – por isso, continuamos a apelar para que nos cheguem testemunhos que confrontem os executivos e a procurar os compromissos políticos inadiáveis para dar a volta à precariedade nas autarquias.
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