Trabalhadores das obras da PT vivem em armazém sem condições
Foto: RTP |
Nos últimos dias soube-se que mais de 50 trabalhadores da Açomonta que estão a construir um centro de dados da Portugal Telecom na Covilhã estão desde maio a viver num armazém inacabado, onde a única casa de banho que funcionava deixou de ter água há vários dias. Estas pessoas já se tinham queixado várias vezes aos patrões da Açomonta, mas a empresa diz que é “alheia à situação”.
Só depois da divulgação das imagens da comunicação social é que a Autoridade para as Condições do Trabalho decidiu atuar, o que faz soar os alarmes não sobre a capacidade dos técnicos da ACT, mas sim sobre a capacidade da entidade governamental para identificar e resolver casos semelhantes.
Só depois da divulgação das imagens da comunicação social é que a Autoridade para as Condições do Trabalho decidiu atuar, o que faz soar os alarmes não sobre a capacidade dos técnicos da ACT, mas sim sobre a capacidade da entidade governamental para identificar e resolver casos semelhantes.
Quantas pessoas estarão a viver em condições semelhantes em atividades como a construção civil ou a agricultura? Porque é que o Estado não identifica estes problemas? E como é que, após identificados, os resolve? Terão estes trabalhadores contratos de trabalho de acordo com a legislação laboral? E não será a Portugal Telecom co-responsável pelas condições em que estes trabalhadores viviam por não ter sido capaz de verificar se os seus empreiteiros cumprem a legislação?
Ninguém pode aceitar que, em pleno século XXI, ainda se tenha de trabalhar nestas condições.
Notícia DN com vídeo.
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