Trabalhadores do MUDE intervêm na Assembleia Municipal de Lisboa

Ontem os trabalhadores do MUDE (Museu do Design e da Moda) inscreveram-se para falar na Assembleia Municipal de Lisboa. A AML teve lugar no Forúm Lisboa e os trabalhadores voltaram a apresentar a apresentar a sua situação:

– 70 assistentes de exposição a falsos recibos verdes desde 2009.


– Atrasos sistemáticos no pagamento de salários.


– ACT faz uma inspecção mas o relatório não é divulgado.


– Despedimento ilegal via e-mail a 31 de Março de 2011.


– Exigência dos contratos de trabalho e dos descontos para a Segurança Social que lhes são devidos por lei.


– A situação foi exposta a assessores das vereadoras Catarina Vaz Pinto e Helena Roseta, mas ainda não houve uma resposta.

Nesta assembleia o grupo municipal do Bloco de Esquerda apresentou uma proposta para reintegrar estes trabalhadores:

Ponto 1: Solidarizar-se com os 70 trabalhadores do MUDE, denunciar e condenar a ilegalidade do regime dos falsos recibos verdes em que foram submetidos ao longo destes anos.

Ponto 2: A reintegração destes trabalhadores/as nos seus postos de trabalho, com as condições justas e legais, com contrato de trabalho de forma a que seja reposta a justiça, a dignidade das pessoas em causa e o respeito, por parte da Câmara Municpal, pelos trabalhadores/as nos seus equipamentos.

No Ponto 1, com exepção dos deputados do Partido Socialista, todos os deputados municipais estão solidários, denunciam e condenam a ilegalidade dos falsos recibos verdes.

Já no Ponto 2, onde se propõe a efectiva reintegração destes trabalhadores, à oposição dos deputados socialistas juntam-se as abstentenções do PSD, CDS, e ainda de dois deputados da lista da vereadora Helena Roseta, que garantiram assim que o Ponto 2, o mais importante, fosse chumbado.

A presença destes trabalhadores na AML foi essencial para reforçar a denúncia sobre a sua situação, mas serviu também para perceber quem são os deputados que estão a compactuar com o seu despedimento ilegal.

Os Precários Inflexíveis continuam solidários com estes trabalhadores.

O colectivo ”MUDE Résistance / Mudar o Mude” tem:

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