Trabalhadores dos Call-Centers da PT Contact / PT Sales enfrentam chantagem dos patrões e chefes

Estamos a partir de hoje com os trabalhadores precários a acompanhar o ínicio a mobilização e a concretização da greve. Nos vários Call-Centers de grandes operadores de telecomunicações nacionais da zona que vai da Estefânea até Anjos ouvimos vários relatos de pressões para que as pessoas vão trabalhar no dia da Greve Geral, abdicando da sua escolha pessoal sobre a adesão ou não. 
A maior parte dos trabalhadores destas empresas são precários e portanto o seu isolamento permite que os chefes exerçam formas de chantagem encapotadas.
  • As empresas (os chefes/supervisores) estão a pressionar as pessoas para que venham com os seus carros particulares trabalhar.
  • As empresas (os chefes/supervisores) afirmam que pagam os táxis às pessoas para que venham trabalhar e dizem que por falta de transporte as pessoas não podem faltar.
  • As empresas (os chefes/supervisores) lançam a confusão dizendo que quem não vier no dia da greve tem falta injustificada.
  • As empresas (os chefes/supervisores) pressionam os trabalhadores afirmando que quem não vier trabalhar no dia da greve tem de ir trabalhar no Sábado para compensar.
  • Existem empresas que marcaram renovações ou assinaturas de contratos  para 5a feira, chantageando os trabalhadores sobre a sua presença na greve ser decisiva para a não assinatura de contrato.

    Não aceitamos que qualquer forma de pressão seja exercida sobre os trabalhadores, nomeadamente os precários, que tão pouca liberdade de escolha já hoje têm. No entanto  pudemos também verificar que muitos dos trabalhadores estão determinados a fazer a greve mesmo sendo precários, e a esmagadora maioria está com greve geral e arriscará forma de aderir.
    Sobre as chantagens exercidas podemos ajudar a esclarecer:
    1. A falta no dia da Greve Geral é justificada. 
      1. A forma de justificar poderá ser com o pré-aviso de greve (o que significa que o trabalhador aderiu à greve e portanto não receberá esse dia de salário, mas está protegido de qualquer outra forma de penalização).
      2. Poderá também justificar a falta com a inexistência de transporte, o que poderá levar o trabalhador a ter de compensar o dia.
      3. Se a compensação for feita ao Sábado o pagamento deverá ser a 200% ou metade das horas de trabalho (ou seja, para um trabalhador a tempo inteiro, em vez de 8, trabalharia 4 horas)
    2. Se o trabalhador declarar que quer aderir à Greve Geral qualquer pressão de falta injustificada é ilegal e a empresa pode ser alvo de um processo em Tribunal.
    3. A melhor forma dos trabalhadores se protegerem é estarem juntos, em grupo. Contactem também o sindicato da área (SINTTAV) ou os Precários Inflexíveis sobre situações de chantagem. A denúncia e divulgação (ainda que anónima) é fundamental para o desmascarar das empresas que vivem da exploração.
    Nós estaremos com os trabalhadores precários.
    A Greve Geral vai estar na rua.
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