Trabalhos forçados para quem recebe subsídios

Passos Coelho e Paulo Portas não desistem do seu preconceito acerca de quem recebe subsídios do Estado. Assim, o Governo pretende realizar uma grande “auditoria” às prestações sociais, impedindo que “receba mais nessas prestações sociais do que se estivesse a trabalhar” e irá passar uma lei para que os desempregados a receber subsídio tenham de realizar um tributo solidário, ou seja, que trabalhem de graça para as misericórdias.

No alvo estão também as pessoas que recebem o RSI, esta prestação social não será renovada automaticamente obrigando as pessoas que estão a receber RSI a um pesadelo burocrático periódico.


Sobre o subsídio de desemprego e o trabalho grátis é necessário compreender que esta prestação social é contributiva, ou seja, que cada pessoa que recebe subsídio de desemprego descontou parte substancial do seu ordenado para poder receber o subsídio quando estivesse desempregado. Se, para além da procura activa de emprego, das apresentações nos centros de emprego e da frequência de formação, os desempregados são forçados agora à prestação de trabalho solidário no Estado ou em instituições de solidariedade social, não sobrará tempo a estas pessoas para efectivamente… procurar emprego.

E esta acção terá um resultado pernicioso no emprego no 3º sector, visto que, com tanta mão-de-obra grátis, não ficará ninguém a trabalhar e a receber nas misericórdias. Resultado: mais desemprego.

Já no caso do RSI, trata-se simplesmente de preconceito e ódio aos mais pobres. A maioria dos beneficiários do RSI recebem menos de 80€ por mês e são crianças, que ainda não têm idade para trabalhar, ou idosos, que já não conseguem trabalhar. Os restantes beneficiários, dizem as estatísticas, estão à demasiado tempo desintegrados da sociedade e por isso não têm competências para trabalhar, precisando deste apoio social para sobreviver.

Notícia jornal i.
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