Turismo Precário
Em tempo de férias e de Verão, uma notícia preocupante do Público refere que o número de pessoas a trabalhar ilegalmente no Turismo aumentou este ano, denunciou o sindicato do sector, que acusa a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de não actuar, afirmando “há mais trabalhadores a trabalhar ilegalmente nos restaurantes, cafés e similares, sem descontos para a segurança social, e que em caso de despedimento ficam sem qualquer proteção social”.
O sindicato denuncia também a existência de contratos para os hotéis feitos por empresas de trabalho temporário (ETT’s), cujos trabalhadores estão, “muitas vezes, a ocupar postos de trabalho com carácter permanente”.
Neste contexto, a estrutura sindical acusa a ACT de ser “conivente com a situação ao não actuar no sector, ao não elaborar um plano de combate ao trabalho ilegal e clandestino, ao trabalho não declarado e às demais ilegalidades”, reinvindicando assim da ACT, “uma maior atenção ao sector do turismo, uma actuação coerciva e penalizadora, um combate sem tréguas ao trabalho ilegal e clandestino e ao trabalho não declarado”.
Sendo um dado adquirido que a oferta de emprego na área do turismo aumenta nos meses de Verão, aumentando por sua vez a necessidade de trabalhadores flexíveis para aqueles meses, a Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, desavergonhadamente, aproveita-se da ineficácia da acção da ACT na inspecção das condições de trabalho, promovendo assim uma maior precarização do turismo português.
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