UE: Desemprego de longa duração duplicou e novo “emprego” é temporário
Na Europa o custo da austeridade mede-se pelo número de pessoas que ficaram desempregadas. 9,5 milhões, desde o início da crise. Nesse mesmo período o número de desempregados de longa duração duplicou.
As pessoas que não encontram emprego há mais de 12 meses passou de 5% (2008) para 10% (2013) de acordo com um estudo da Comissão Europeia hoje em destaque no Jornal de Notícias. O mesmo estudo esclarece que as pessoas com qualificações médias ou altas são menos sujeitos ao desemprego de longa duração, mas a taxa nestes grupos duplicou ou triplicou durante a crise.
Em Portugal a tendência é a mesma e a taxa de desemprego de longa duração explodiu de 4% para 9% até 2013. Desde então, espera-se que a situação não tenha parado de piorar.
Os empregos criados pela crise são temporários e de part-time, ou seja, são empregos-lixo. Hoje em Portugal 60% da força de trabalho está contratada a termo e os salários desceram 11% no setor privado e 22% no setor público.
A austeridade é o abismo da Europa que agora enfrenta uma inflação negativa que pode levar à deflação. A bazuca de dinheiro anunciada por Draghi e o mirífico plano Juncker não resolverão o problema nº1 da Europa se a austeridade se mantiver.
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