Uma realidade difícil de esconder pelos números
Segundo o Ministério do Trabalho, o número de desempregados que procuram novo emprego sem receber subsídio aumentou 53% (entre Maio de 2008 e Maio de 2009).
O jornal Público, lança hoje um artigo onde faz uma análise mais pormenorizada destes dados, afirmando que “o grupo de beneficiários de subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego tem vindo, assim, a reduzir-se, enquanto o dos desempregados não apoiados (sem jovens) regista subidas cada vez mais pronunciadas”.
O Ministério tenta explicar a situação com dois argumentos:
1 – Esta tendência acompanha a entrada dos jovens no mercado de trabalho.
2 – Os desempregados esgotaram o período de concessão tanto do subsídio de desemprego como do subsídio social de desemprego
“Mas os números não corroboram totalmente essa tese”, afirma o artigo do público. Explicando que, depois da “explosão de desemprego em Novembro passado” houve um aumento (19%) do número de desempregados a receber subsídio de desemprego devido às inscrições de novos desempregados no centro de emprego e um aumento ainda maior (27%) do número de pessoas (que não têm direito a susídio de desemprego) que recebem subsídio social de desemprego. Mas estas subidas foram ainda superadas por aqueles que não têm direito a qualquer tipo de subsídio.
Contiuando a citar o artigo do Público:
« Esta realidade dá, por outro lado, indícios da estrutura do mercado de trabalho. Tem direito a subsídio de desemprego quem tenha feito 450 dias de descontos nos últimos dois anos anteriores ao desemprego. Já para receber o subsídio social de desemprego é obrigatório ter feito mais de 180 dias de descontos »
A explicação está aos olhos de toda a gente e muitos são aqueles que a sentem na pele, são aos milhares os trabalhadores que por terem vínculos precários não se enquadram nestas exigências e portanto nunca terão acesso a qualquer subsídio de desemprego ou social (desde os falsos recibos verdes aos contratos a prazo). São gente descartável por parte dos patrões e governantes e são uma fatia cada vez mais grossa da força de trabalho que move o “país”. São para estes (patrões e governantes, entidades que se vão tornando difíceis de distinguir) cada vez mais uma realidade difícil de esconder.
by
É justamente por tudo isso que eu gostaria muito de desafiar o Sr. Portas(o Paulo) a trocar de vida comigo durante um mes(ou uma semana) porque os cidadãos que pagam impostos e pagam a essa cambada de preguiçosos que nem sequer põem os pés na assembeléia e tem subsidio vitalicio para dizer tres frases de lugares comuns e mais outras tantas de imbecilidades…valha-me santa engrácia!!!!