Vemo-nos gregos

Na passada 5ª feira, muitos e muitos milhares de trabalhadores/as estiveram nas ruas na Grécia. Foi a 5ª greve geral deste ano. Na origem da greve,está o plano de austeridade, com cortes nos salários, nos subsídios de férias e de Natal, entre outros assaltos… um plano imposto ao país em troca de empréstimos de 110 mil milhões de euros durante três anos da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Grécia está sob chantagem europeia e mundial. Não foram os trabalhadores gregos que criaram acrise. Na Grécia como noutros países a crise é a desculpa para aumentar a exploração, privatizar o que é de todos e engordar as grandes fortunas. Pedem-se sacrifícios aos trabalhadores, responsabilizando-os pela situação económica, e entregam-se facilidades aos grandes patrões: Para estes não há austeridade, eles são a austeridade, a sua fome é insaciável e não olham a meios para alcançar o seu objectivo – o lucro.
Na Grécia concentra-se a chantagem do sistema político e económico com hegemonia mundial. Por isso, temos muito que aprender com o caso grego, já que emergem mais visivelmente as suas contradições. Por outro lado, a actualidade grega não representa mais do que o plano já traçado pelo poder para muitos outros países, inclusive Portugal. Assim, o combate dos trabalhadores/as gregos/as é, também, um combate nosso. A sua derrota será uma alavanca para a nossa.
No dia 29 de Maio, em Lisboa, milhares de trabalhadores estarão em luta contra a austeridade recusando todas as inevitabilidades que a suportam. Gritaremos: não pagamos a crise deles! Neste dia, em Lisboa, gritar-se-á também pelo povo grego, porque a vitória deles precisa da nossa, porque a nossa luta é mesma.

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