“whatever it takes”: grito da greve dos trabalhadores do fast-food por melhores salários
“Custe o que custar” foi o grito que se ouvia nas ruas e que se lia nos cartazes da greve dos trabalhadores do fast-food ontem nos Estados Unidos da América por um salário mínimo de 15 dólares hora para a indústria.
Cerca de 430 pessoas foram presas no decorrer das manifestações, principalmente porque os trabalhadores bloquearam estradas em vários estados, incluindo em Nova York. “Tem de existir desobediência civil, porque as pessoas não veem outra forma de chegar aos $15 e a um sindicato” – disse Kendall Fells, organizador da Fast Food Forward.
A resposta da McDonald’s aos trabalhadores foi: “acreditamos que qualquer aumento no salário mínimo tem de ser gradual e implementada ao longo do tempo de forma a não permitir que os pequenos donos dos restaurantes consigam acompanhar a mudança”. Recorde-se que a empresa aumentou os seus lucros em 2% em 2013, lucrando mais de 1,4 mil milhões de dólares.
Já o responsável do Conselho Nacional dos Restaurantes de Cadeia, que junta toda a indústria do fast-food, disse que “não aceitava que os trabalhadores fizesse ações de protesto que pusessem os clientes em perigo” e que o “que se tinha passado era entrada ilegal dos trabalhadores nos restaurantes”. No entanto, tudo o que os trabalhadores fizeram foi entrar nos restaurantes onde trabalham para protestar.
Hoje um trabalhador do fast-food recebe perto de 7,25 dólares na maioria dos estados, o que obriga muitos a recorrer a programas de ajuda aos mais pobres, incluindo senhas de comida e apoio para as famílias. Todos concordam que não é possível sustentar a família com estes ordenados. Aliás, ainda há dias faleceu no carro uma trabalhadora que acumulava 4 trabalhos em restaurantes deste tipo.
Esta luta por melhores salários está ligada à melhor distribuição da riqueza que é produzida e ao combate contra as desigualdades. É uma luta pioneira que está a mobilizar milhares de pessoas nos EUA.
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