Zara intimida trabalhadores para reduzir horários
O CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal denunciou ontem as pressões exercidas pela Zara sobre os trabalhadores e trabalhadoras de 3 lojas no Porto. O clima de intimidação e as ilegalidades incluem a redução de horário sob ameaça de despedimento, afirmando ainda o sindicato que objectivo é afastar os trabalhadores mais antigos e substituí-los por outros com menos direitos e salários mais baixos.
Infelizmente, este caso não surpreende e sabemos como as grandes cadeias de retalho são hoje um dos maiores centros da precariedade ilegal e descarada (vê em “ler mais”), uma zona de exclusão onde não chegam os direitos nem a lei – basta relembrar o caso recente na Parfois, cuja denúncia levou à acção e, depois da solidariedade e indignação de muitas pessoas, obrigou a loja a recuar.
Demonstramos aqui toda a nossa solidariedade com os trabalhadores e trabalhadoras que estão a ser vítimas destas pressões e ilegalidades. Perante a enorme chantagem a que estão sujeitos os trabalhadores no comércio a retalho, além da sua acção colectiva e organizada, é indispensável a solidariedade e a denúncia pública.
Tal como já exigido pelo CESP, espera-se agora que a Autoridade para as Condições do Trabalho desenvolva imediatamente a devida actividade inspectiva, mais do que justificável tendo em conta a gravidade da denúncia. Estão em causa os direitos e as vidas destes trabalhadores e trabalhadoras, mas não só: apenas terminando o clima de impunidade podemos contrariar a banalização da precariedade e de todos os abusos que hoje são praticados no comércio.
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Não é só a Zara, mas uma grande loja do grupo Sonae, no Porto, está a fazer o mesmo com os trabalhadores mais antigos!!