Só o salário dos chefes cresceu em 2007

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Julian-Pena-Pai/Romania

Nas empresas de maior dimensão e mais modernas, as políticas de remuneração levadas a cabo em 2007 beneficiaram mais os dirigentes do que os empregados. Esta é uma das conclusões que se pode retirar dos dados apurados pela consultora Watson Wyatt a partir de uma amostra de 141 empresas, a maioria das quais filiais de multinacionais.

Em 2007, os dirigentes de topo e as chefias intermédias viram os respectivos salários de base crescer 4,5% e 7% face ao ano precedente. Porém, as remunerações de base dos técnicos (essencialmente licenciados, cuja funções são desempenhadas com significativa autonomia) decaíram 3,1% no mesmo período, ao passo que os administrativos (que basicamente suportam o trabalho de outros colegas) perderam 0,2% da sua remuneração. Em qualquer dos casos, as evoluções salariais não levam em conta a inflação.

Claro que, pelas limitações da própria amostra, estas conclusões não podem ser generalizadas ao conjunto das empresas. Aliás, as remunerações declaradas por estas à Segurança Social apontam para que, em média, os salários tenham crescido 3,7% em 2007.

Quanto ganha cada um

Em termos absolutos, os dirigentes de topo recebem remunerações de base (que excluem subsídios e outras prestações pecuniárias habituais em muitas empresas) anuais entre 67,9 mil e 95,2 mil euros, o que em termos mensais corresponde a 4851 e 6800 euros. Já as chefias intermédias, têm salários de base situados entre 3000 e 4000 euros. Os técnicos recebem entre 2051 e 2921 euros, enquanto os administrativos auferem mais de 1330 e menos 1950 euros.

Os números da Watson Wyatt revelam uma disparidade significativa entre os ordenados mínimos e máximos praticados no conjunto de 141 empresas. Para as várias categorias profissionais, o salário supera entre 33% e 47% o mínimo.

Outra comparação interessante faz-se entre os ordenados das diferentes categorias. Baseando-nos uma vez mais nos níveis mínimos por categoria, os dirigentes de primeira linha recebem mais 62% do que os chefes intermédios e mais 264% do que os administrativos.

notícia de Manuel Esteves no DN Online

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