A chantagem anda à solta :: Trabalhadores não devem divulgar se vão ou não participar na Greve Geral

Os patrões já iniciaram o processo de chantagem para dividir e ameçar em surdina os trabalhadores, aqueles estão a pressionar os trabalhadores para que informem se vão ou não participar na greve.. Contra essa posição, foi divulgado hoje um apelo do Sindicato dos Jornalistas para que os trabalhadores que pretendam fazer greve não cedam à pressão dos patrões ou dos chefes, não divulguem  a sua posição sobre a greve.
De facto, essa forma de ameaçar as pessoas antes da greve, permite aos patrões isolar trabalhadores que assumam a sua posição de participação na greve e reprimi-los de forma exemplar, para que outros trabalhadores não façam greve e “compreendam” a mensagem patronal.
Este alerta do Sindicato dos Jornalistas é importante e serve para todas as outras áreas profissionais. A Greve Geral como luta social já aí está. Nos locais de trabalho a disputa de forças existente entre o patronato e as organizações de trabalhadores já está em campo. Vamos demonstrar que somos mais fortes porque somos muitos mais e somos nós que produzimos toda a riqueza do país!
Lê aqui o comunicado do Sindicato dos Jornalistas


Jornalistas não devem comunicar às chefias se vão aderir à Greve Geral

1.O Sindicato dos Jornalistas foi alertado para o facto de hierarquias de órgãos de informação estarem a recolher informação antecipada sobre os jornalistas e outros trabalhadores que pretendem aderir à Greve Geral de 24 de Novembro, a pretexto de necessidades de planeamento.

2.Tal prática é eticamente condenável, por invadir a esfera da decisão pessoal dos trabalhadores que deve ser respeitada, e pode ser considerada uma manobra de pressão e de intimidação sobre os trabalhadores para que não cumpram a greve.

3.A Direcção do SJ exige a suspensão imediata de quaisquer formas de recenseamento antecipado, pelas empresas, de jornalistas e outros trabalhadores grevistas e recorda que os trabalhadores têm o direito de completa reserva quanto à decisão que entendam tomar.

4.O SJ apela a todos os jornalistas com funções de Direcção e Chefia para que, independentemente das respectivas opções pessoais, se recusem a proceder à recolha de informações sobre a intenção de greve dos seus subordinados e camaradas de redacção, respeitando assim o seu livre direito de participar na greve e o direito à reserva das suas escolhas.

5.Se tal prática se mantiver, o SJ não hesitará em denunciar publicamente todos os órgãos de informação de que tenha conhecimento onde tais práticas estão a ocorrer e de participar as ocorrências à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).

6.O SJ apela ainda aos jornalistas e aos outros trabalhadores do sector para que não se deixem intimidar, façam valer os seus direitos, resistam e se recusem informar as direcções e chefias sobre as suas intenções, seja a que pretexto for.

Lisboa, 9 de Novembro de 2010
A Direcção

PASSEM A PALAVRA: O SILÊNCIO É UMA ARMA CONTRA A INTIMIDAÇÃO!

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