A guerra de culpabilização dos trabalhadores já começou

A Agência Financeira publica que a greve geral pode custar 400 milhões à economia. Os números apresentados apenas confirmam os argumentos de quem defende a justiça da adesão à greve.
Os trabalhadores que aderiram não ganham, um valor que em média custa 38 euros para quem ganha o salário médio, cerca de 840 euros. Aquilo que o site avança como custos pesados para a economia e para os trabalhadores são 400 milhões de euros em falta que não foram hoje produzidos pelos trabalhadores grevistas.
O site consulta ainda o economista ultra-conservador João César das Neves que aproveita para ataca o investimento do Estado em serviços públicos, tendo hoje, segundo JCN uma poupança com despesas de funcionamento, como electricidade, água, etc…
A forma como a questão da produção de riqueza é colocada interessa aos trabalhadores porque a sua inversão comprova a deficiente e injusta distribuição da riqueza produzida por dia em Portugal, e também demonstra que os economistas que habitualmente comentam e forçam opinião pública, optam por ignorar e desrespeitar completamente as funções sociais e democráticas essenciais do Estado, observando qualquer relação social como parte de uma relação mercantil em que o objectivo máximo é o lucro.
Pois hoje se prova que são os trabalhadores que produzem a riqueza do país.
Pois hoje se prova que os patrões e chefias não lidam bem com a democracia e liberdade de escolha dos trabalhadores.
Pois hoje se prova que a  chantagem é ultrapassada pelos trabalhadores unidos, mesmo quando precários
Pois hoje se prova que temos uma classe de direcção económica  e social, míope e intelectualmente limitada na interpretação das opões económicas
Por fim se prova também que se os sucessivos governos não perceberam que o principal problema estrutual português é a profundamente desigual distribuição da riqueza, então serão os trabalhadores a explicá-lo, na rua e com a razão
Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather