A subida do salário mínimo não é uma regalia entregue aos trabalhadores mas sim um direito

Aproxima-se o prazo de concretização do acordo estabelecido em concertação social, que prevê uma subida do salário mínimo nacional para 500€ até 2011, e António Saraiva, patrão dos patrões – presidente da CIP – continua a proclamar a ausência de condições para cumprir o acordado. Esta estratégia tem sido bem sucedida para o patronato: a última subida do ordenado mínimo foi coberta em 84% pelo Estado – em resposta ao pedinchar dos patrões – com descontos na taxa social única, incentivos à qualificação e programas de modernização e desconto de 1% na contribuição à Segurança Social. Assim, afirmamos aqui que António Saraiva está a mentir quando diz que entre os vários pressupostos do acordo apenas um foi cumprido, “ironicamente pelos patrões”, o aumento do salário mínimo nacional. Este aumento foi pago com entrega de mais regalias ao patronato!
Ainda há pouco tempo comentámos neste blog a história deste vergonhoso salário mínimo que não acompanhou a inflação e que hoje vale menos do que no dia da sua criação.
A este respeito abunda a argumentação de que se defende a competitividade e a sustentabilidade do país e também se promove uma mais rápida saída da crise com a não subida dos salários. Para nós, Precários Inflexíveis, a resposta necessária é exactamente oposta, a subida dos salários e o aumento da qualidade vida para a totalidade dos trabalhadores, através de uma maior justiça na distribuição da riqueza produzida.
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