BES deixa buraco de €4900 milhões: quantos despedimentos vêm aí?
Já ia alta a noite quando Carlos Costa apresentou a “solução” do Estado para “salvar” o BES: novo nome, muito (muito, muito, muito) dinheiro dos cidadãos derramados para resolver o problema que a família Espírito Santo criou.
A solução é criar um “banco bom” onde o governo de Passos Coelho – que não deu a cara – vai injetar 4,7 mil milhões de euros (qualquer coisa como o valor do Serviço Nacional de Saúde) e um “banco mau” onde vão estar os ativos tóxicos do BES.
O dinheiro do Estado – €4700 milhões de todos nós – vai ser posto à disposição do BCP, BPI, do Banif, do Santander, da CGD, etc para que possam gerir o Fundo de Resolução, para o qual só contribuem com €189 milhões.
Depois, vai-se vender o “novo banco”… e esperam conseguir recuperar os €4900 milhões!
Lembrem-se: quando apareceu o BPN disseram que o buraco era de menos de €1000 milhões, depois o prejuízo foi mais de cinco vezes maior e finalmente venderam-no por €40 milhões a Mira Amaral, com o Estado ainda a pagar €500 milhões extra para despedir os funcionários do ex-BPN.
E aqui? Se a história começa já com €4900 milhões, quanto é que se vai gastar no fim? Quantas pessoas vão ser despedidas?
18 dias depois da Ministra das Finanças ter dito que o dinheiro dos contribuintes não iria para o BES; 3 anos depois de “testes de stress” do governo, Banco de Portugal, FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu que não viram o maior buraco financeiro alguma vez visto em Portugal; 4 anos depois de nos dizerem que o BPN não se repetiria cá está maior e revisitado; 4 anos depois da austeridade que empobreceu, despediu, precarizou e expulsou milhões de pessoas, o problema é muito maior.
E, no fim de contas, Ricardo Salgado e a restante família que geria o banco continuará rica e livre.
Notícia aqui.
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Este artigo está cheio de erros:
1º o valor do SNS é cerca de 8000 milhões
2º o dinheiro que vai ser emprestado ao Novo Banco foi emprestado pela Troika ao Estado, que por sua vez o empresta ao fundo dos bancos que fica dono do Novo Banco, com uma taxa de juro que faz com que o Estado não perca dinheiro. Aliás esse dinheiro foi emprestado pela Troika para este fim.
3º o negócio bancário sem aventuras bancárias é lucrativo, não havendo motivo para pensar que o empréstimo não vá ser pago.
4º deixar o banco cair na falência deixaria inúmeros trabalhadores no desemprego