Cavaco manda calar quem previu degradação das condições no país e se opõe à austeridade
O Presidente da República deixou, durante a tarde desta 2ª feira, uma curta mensagem na sua conta no Facebook, na qual ataca directamente todos os “agentes políticos, comentadores e analistas, nacionais e estrangeiros ainda há menos de seis meses, de que Portugal não conseguiria evitar um segundo resgate”. Num claro desafio a quem não adere aos festejos pela alegada “saída limpa”, deixa uma espécie de ameaça amarga: “O que dizem agora?”.
Cavaco torna-se assim um agente activo para tentar silenciar quem não defende as políticas de destruição, que atiraram as pessoas e o país para um brutal período de retrocesso social. E, acossado por se furtar agora a comentar o facto de ter defendido há bem pouco tempo atrás um “programa cautelar”, passa por cima de todos os critérios de actuação que deveriam nortear alguém na função de Presidente da República e entra directamente na campanha eleitoral, referindo-a explicitamente na sua mensagem quando ataca quem não está no campo do festejo pela propaganda da “saída limpa”.
Esta reacção de Cavaco é uma boa imagem daquilo pensam aqueles que dirigem as políticas de devastação e austeridade infinita. É esta a “saída limpa” que nos querem impor: a manutenção da política autoritária que instalou pobreza, desemprego e emigração, num novo regime social em que é a própria democracia que está em causa. Reafirmamos: Não há saídas limpas, sem resposta a austeridade é infinita!






