"Código Trabalho: Jovens trabalhadores precários protestam contra medidas propostas para combate à precariedade"

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Lisboa, 25 Jun (Lusa) –
Um grupo de jovens trabalhadores precários esperou hoje pelo governo junto à sede da concertação social para manifestar o seu protesto pelas medidas de combate à precariedade previstas na proposta da revisão do Código de Trabalho.
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“Estamos aqui para tentar entregar um documento ao primeiro-ministro com a nossa posição sobre a revisão do Código de Trabalho, sobretudo para assinalar que a proposta do governo não resolve o problema da precariedade, mas contribui para a sua legalização”, disse à agência Lusa Pedro Rodrigues, do Movimento Precários Inflexíveis que promoveu a acção de protesto.
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Os jovens precários, estacionados em frente à sede do Conselho Económico e Social, empunhavam uma faixa que dizia “não há acordo para a precariedade”.
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Entregaram o seu documento ao presidente da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), Francisco Van Zeller, ao ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, e a um dos assessores do primeiro-ministro.
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No documento, os jovens precários fazem uma leitura crítica da proposta governamental da revisão do Código de Trabalho.
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No texto acusam o governo de adoptar “a estratégia de precariedade e do desemprego, facilitando e legalizando ambos”.
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“O governo legaliza ou no mínimo legitima a precariedade”, reforça o documento, acrescentando que “os patrões sabem fazer contas e sabem bem que é o descartável que fica mais barato”.
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Um dos eixos da proposta do governo é o combate à precariedade e nesse âmbito propõe a aplicação de uma taxa de cinco por cento às empresas que tenham ao seu serviço trabalhadores a recibo verde e o agravamento em três por cento na taxa social única que as empresas pagam pelos contratados a prazo.
RRA/EA.
Lusa/Fim

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