Dia da Reclamação :: (d)Eficientes Indignados
Pelo direito à Cidade, ao Consumo e aos Serviços
Esta é a primeira acção pública do movimento (d)Eficientes Indignados. Escolhemos o direito à mobilidade e acesso porque queremos acabar com o regime de “apartheid” a que estamos sujeitos.
Apelamos a todas as pessoas, com ou sem mobilidade condicionada, para irem no dia 27 de Julho a um serviço público que seja inacessível e peçam o livro de reclamações, onde sugerimos que escrevam um dos seguintes textos.
Para quem tem uma deficiência sugerimos que escreva este:
“Nos termos do artigo 4.º, n.º 1, alínea e), da Lei n.º 46/2006, de 28 de Agosto, venho apresentar queixa, por ter sido vítima de discriminação por — (indicar a entidade).
No dia 27 de Julho de 2012, pelas — horas, dirigi-me a — (local).
O edifício não é acessível. Existem várias barreiras, por exemplo: — (basta um exemplo concreto, por ex. “porque a única entrada tem degraus”)
Estas barreiras impediram-me de entrar e usar de forma livre, digna e autónoma o edifício e os serviços nele prestados, colocando-me numa situação de desvantagem comparativamente com o restante público.
Solicito:
1) O apuramento de responsabilidades por esta situação e abertura do correspondente processo de contra-ordenação;
2) A implementação urgente de medidas que corrijam esta situação.
Poderão ser contactadas as seguintes testemunhas: — (nome, morada e e-mail, se possuir – podem ser duas ou três outras pessoas presentes, que NÃO sejam familiares).”
Para quem não tem uma deficiência sugerimos este:
“Este edifício não é acessível, porque ____ (basta um exemplo de barreira, por ex. “porque tem um degrau na entrada”).
Todas as pessoas têm direito à acessibilidade, incluindo eu.
As barreiras neste edifício são discriminatórias. Há 15 anos que a lei exige a sua eliminação. Porque é que ainda existem?
O prazo definido na lei para adaptação deste edifício termina em 2017. Quando começa a obra?»
Pá, vocês deviam fazer algo em relação à Adicional – li o post que fizeram há dias.
Então, não é que a empresa mete as pessoas a trabalhar muito além das oito horas diárias e quarenta semanais – há registo de pessoas a trabalhar cerca de 13h diárias mais fins-de-semana – à «borla», sem receber nada por essas horas?
A empresa faz contratos mensais, via empresas de emprego temporário, cujo salário é o mínimo, e de duração de um mês. Mas, frequentemente, mete uma pessoa, «convida-a» a fazer horas extra, despede-a ao fim de quinze dias – de modo a não chegar a fazer o primeiro contrato [sempre de um mês] – e mete alguém novo. Isto é sempre. Repete-se a toda a hora.
É uma vergonha.
Jovens adolescentes; jovens com filhos; jovens licenciados a ser explorados à má fila pela empresa. Há malta com 40 horas dadas de borla à empresa, que nada recebe, nem tem direito a folgas, pois eles ameaçam despedir se não se faz mais e mais – ou seja, dar horas à empresa.
É uma vergonha, pá. Sobretudo quando se trabalha para clientes como a Zon / Meo / Matutano / Nespresso, etc. O tipo de postura da Adicional é sempre a mesma coisa.
Nem a merda de um par de luvas dão para trabalhar no armazém, onde há artigos da Matutano fora do prazo; baratas; e até registo de ratos mortos entre material de trabalho. Uma pessoa a laborar com as mãos «nuas» arrisca-se a apanhar doenças.
A pausa resume-se a uma hora de almoço e a uns míseros minutos de lanche.
Vocês têm de fazer algo.
Contactem a ACT ou até mesmo a PT / Zon.
Vocês tem de nos ajudar a acabar com esta exploração autêntica.
Façam algo, por fazer.
Estas situações referem-se ao armazém de Santa Iria da Azóia, mas, provavelmente, dizem respeito a todos armazéns da empresa.
Esta semana até foram visitada pela PJ devido a suspeitas de ilegalidades com a sede em Espanha – que também podem existir em Portugal.
Ajudem-nos pois ao fazê-lo, estão a ajudar a vós próprios!
Somos uma geração autenticamente explorada e violada de direitos!