Emprego destruído entre 2009 em 2011 foi superior ao criado em 10 anos
Os dados são do INE e foram compilados pelo negócios e indicam uma tendência muito preocupante. Se entre 1998 e 2008 a população ativa aumentou 10,4% em apenas 3 anos, entre 2009 e 2011 – os anos do início desta crise -, houve uma redução de mais de 361 mil empregos, anulando o crescimento do emprego que tinha sido criado em 10 anos.
O INE explica que esta redução da população ativa para 52% em 2011 está relacionada com a recessão económica que está a destruir o país. Esta recessão tem origem na crise das dívidas soberanas e no regime de austeridade que Sócrates, Passos e Portas estão a aplicar há 4 anos.
57% dos empregos destruídos verificaram-se nos “trabalhadores por conta própria”, como os recibos verdes, e o segundo maior corte foi nos “assalariados com contrato sem termo” com 22%. Nos “contratos a termo” a redução foi de 15%.
Aqui se prova o que temos dito: os primeiros a serem afetados pela crise foram os mais precários, como os trabalhadores a falso recibo verde, e agora está a operar-se uma enorme destruição do emprego com direitos através da destruição dos contratos sem termo. Hoje, alguém que foi para o desemprego só encontra, com sorte, empregos precários.
O resultado da política de destruição do emprego tem como consequência a redução dos salários e isso também se verificou como dá conta a Visão desta semana.
Estes resultados reportam a 2011 e em 2012 a situação foi ainda pior com mais de 52 falências de empresas por dia e um número recorde de 1,4 milhões de pessoas sem emprego.
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