Governo vai despedir 88 mil trabalhadores a prazo da função pública

Aquando do anuncio das medidas de austeridade, Vítor Gaspar disse que não iria renovar os contratos a termo dos trabalhadores e trabalhadoras da função pública que terminassem em 2013. De acordo com o Jornal Económico, estarão nesta situação cerca de 88 mil pessoas.

Hélder Rosalino, o secretário de Estado da Administração Pública, afirmou mesmo que o Governo “vai dar especial atenção aos trabalhadores contratados a prazo e havendo um esforço de redução a fazer, será nesta área”.

Como sempre afirmámos e as estatísticas sempre demonstram, são os precários os primeiros a serem despedidos e até no Estado esse axioma injusto se mantém inalterado. No entanto, a esmagadora maioria destas pessoas cumpria funções permanentes no Estado, o que cria dois problemas:


1) O Estado fez contratos a termo para funções permanentes e agora irá despedir estas pessoas que poderão ir para tribunal do trabalho;
2) o trabalho que estas 88 mil pessoas fazem é necessário ao funcionamento dos serviços públicos como hospitais e escolas, pelo que a sua saída significará o colapso dos serviços públicos num momento de enorme crise social.

Cada uma destas pessoas e as que estão solidárias com elas e com a defesa dos serviços públicos podem sair à rua este sábado e lutar contra estes cortes.

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather