Greve Geral na Grécia

Pela 15ª vez nos últimos dois anos a Grécia voltou a parar. E paralisou porque o governo tecnocrata de Lucas Papademos (ex-vice-presidente do BCE), sem nunca ter sido eleito, anunciou mais medidas de austeridade por sufragar numa altura em que são impostos mais sacrifícios com cortes salariais imorais (entre os 20% a 50%). Com o desemprego a atingir os 18%, resultado de uma contracção económica catastrófica que impede o crescimento e agrava cada vez mais as condições de vida dos trabalhadores helénicos, mais despedimentos foram anunciados para cerca de 20 mil pessoas, destruindo agressivamente o tecido social e até a solidariedade familiar para com aqueles que já se encontravam em situação precária ou no desemprego.

Depois de cinco anos em recessão, em que as políticas de austeridade e empobrecimento parecem não ter fim, as duas maiores centrais sindicais convocaram uma manifestação em frente ao Parlamento e prometeram continuar a cerrar fileiras perante a agressividade imposta às vidas dos trabalhadores e do povo grego.
Mais uma vez a troika externa chantageia, a troco de 8 mil milhões de euros, e impõe à troika interna grega do PASOK, Nova Democracia e LAOS (extrema-direita) a implementação de políticas austeras, a continuação do assalto aos sectores estratégicos do país por parte dos grandes grupos económicos estrangeiros e a adopção do experimentalismo fundamentalista neoliberal sobre o povo grego com as consequências já visíveis há quase meia década.

Hoje fomos todos gregos!

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