Imigrantes precários e mal pagos

Um estudo do Banco de Portugal divulgado evidencia a precariedade e exploração sobre os e as imigrantes. Dos 150.812 imigrantes a trabalhar em Portugal em 2008, 23,5% recebiam o salário mínimo, mais de metade tinha contratos a termo e em regra eram mais mal pagos do que os trabalhadores portugueses. 
Os cidadãos imigrantes são explorados, dos mais precários e dos mais isolados. São alvos da ira das teorias racistas e perigosas da extrema direita e servem muitas vezes de bode expiatório da desagregação social em curso. Ainda assim, estes cidadãos são responsáveis pela parcela de 6% do PIB e garantiram 9,7% dos bebés nascidos em Portugal.(números de 2007). Os trabalhadores imigrantes muito contribuem para o desenvolvimento e trabalho no país e pouco recebem em troca, tendo a maioria menos direitos básicos, designadamente na desigualdade no acesso à Saúde ou Segurança Social. 
O quadro de precariedade imigrante contradiz a teoria de que quando “há mais desemprego deve haver menos imigração e que, em termos de segurança, há que separar o trigo do joio e afastar os criminosos”. Essa tentantiva de apontar os imigrantes como potenciais criminosos, contratualizando a imigração e expulsando condenados por crimes graves, fica assim desmascarada como xenofobia pura, perdendo perante uma análise social que justamente confirma as maiores dificuldades para este sector social.
Os Precários Inflexíveis estiveram e estarão com os imigrantes, solidários com os trabalhadores imigrantes e contra a exploração, a precaridade e a estigmatização que os força a aceitar condições quase sempre piores do que as aplicadas à maioria das pessoas.

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