Mais horas de trabalho não significa mais produtividade
De acordo com um estudo da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), “não existe uma relação consistente entre o número de horas trabalhadas e a produtividade”. Esta conclusão retirada da análise da média de horas trabalhadas na União Europeia vai contra tudo o que o Governo tem dito e contra as medidas que tem aplicado tanto na função pública como no privado.
Os autores do estudo são claros ao afirmar que “o número de horas trabalhadas é apenas uma variável em todo o processo produtivo” e “apenas a articulação saudável entre as variáveis de produção (qualificações, horas trabalhadas, motivação, identificação pessoal com os objectivos organizacionais, adequação das Tecnologias de Informação e Comunicação aos conteúdos e postos de trabalho, etc….) e os modelos de organização do trabalho existentes poderá determinar melhorias na produtividade”.
Assim, os cortes nos ordenados e o aumento das horas trabalhadas e não pagas irá reduzir e não aumentar a produtividade, tornando mais díficil a saída da crise.
Um a um os argumentos do Governo para a implantação do regime de austeridade caem por terra ao enfrentarem o teste da realidade.
Notícia Público aqui.
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