Manifestação 21 Jan exige resposta alternativa
A manifestação deste sábado em Lisboa organizada pela Plataforma 15 de Outubro juntou muitas vozes e energia contra a desigualdade no pagamento da dívida pública e a austeridade preparada pela troika e concretizada pelo governo. Mais de 2000 pessoas recusaram a precariedade, o desemprego e a emigração como resposta à crise económica que atravessamos e exigiu uma resposta alternativa.
Nesta manifestação destacou-se ainda o repúdio ao novo acordo assinado por patrões, governo e UGT, que vai facilitar despedimentos, reduzir férias, desregular as horas de trabalho a favor do patrão, e reduzir remunerações nas horas extraordinárias.
Entre dezenas de intervenções por parte de todos os manifestantes que quiseram intervir, foram apresentadas e aprovadas 5 propostas de continuidade apresentadas pela Plataforma 15O: 1) o apelo a uma nova greve geral em Portugal; 2) um encontro nacional de activistas a realizar a 25 de Fevereiro; 3) a participação na manifestação de dia 11 de Fevereiro organizada pela CGTP; 4) a organização de uma campanha contra a privatização da água e; 5) o apelo a uma greve geral europeia.
Como nota de rodapé, foi impedida a entrada na manifestação a cerca de uma dúzia de elementos de extrema direita que procuravam integrar-se nesta manifestação. As organizações e os cidadãos presentes na manifestação consideraram que não há espaço em democracia para ideologias fascistas, racistas e xenófobas, e assim, com a posterior intervenção da polícia, foi afastado esse grupo.
Para os Precários Inflexíveis, intervenientes activos nesta Plataforma, este foi um importante espaço político amplo e aberto que permitiu que, num momento em que nos repetem a inevitabilidade da pobreza e destruição da protecção social, milhares de pessoas saíssem à rua. Esta manifestação mostrou que pessoas e grupos muito diferentes são capazes de se juntar na recusa à austeridade e é com esta força social que temos melhores condições para confrontar quem nos governa.
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