Mayday Lisboa: Amanhã, o Precariado sai à Rua
Via Mayday Lisboa 2012:
“O MayDay é a resposta dos precários e das precárias que marcam presença no dia 1 de Maio.
Nasceu em Milão em 2001, espalhou-se por várias cidades da Europa e do Mundo. Em 2007, fizemos pela primeira vez o MayDay em Lisboa, com uma manifestação que juntou um grito de revolta contra a precariedade aos protestos do Dia dos/as Trabalhadores/as. Desde aí, não parámos: a luta contra a precariedade é urgente como nunca, precisamos de cada vez mais força para combater o infernal ciclo desemprego-trabalho precário. É um movimento aberto que quer discutir a precariedade, mas que sobretudo quer agir e enfrentar a situação actual.
A luta contra a precariedade é urgente, precisamos de cada vez mais força para a combater!
Na parada MayDay cabemos todos/as: mais novos/as e mais velhos/as, operadores/as de call-center, “caixas” de supermercado, bolseiros/as de investigação, intermitentes, desempregados/as, estagiários/as, contratados/as a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade, pessoas que não se resignam.
Dia 1 de Maio pelas 13h estaremos no Largo de Camões, com comida, convívio, animação e intervenção para mostrar que não nos calamos e juntaremos a nossa força à força de todos/as os/as trabalhadores/as! Por volta das 15h partiremos em direcção ao Martim Moniz onde iremos integrar a manif da CGTP e rumaremos até à Alameda!
Não tenhas medo…Junta-te! O precariado não tem medo! MAY DAY, MAY DAY!”
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Mais manifestações, mais centenas de milhares nas ruas, mais faixas e bandeiras, mais palavras de ordem e canções de protesto e, entretanto, os «nossos representantes democráticos» que parecem muito mais apostados em beneficiar outras forças, dirão, com um sorriso escarninho, que o povo fez uso das suas prerrogativas democráticas e constitucionais…
Chris Gupta: “A constituição de uma «Democracia Representativa» “consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta…”
Tal como as eleições, também as manifestações, as faixas e as bandeiras, as palavras de ordem e as canções de protesto fornecem aos cidadãos a ilusão de liberdade política e acalmam possíveis sentimentos de revolta…
No dia 2 de Maio, o cidadão que participou nas manifestações, que agitou as faixas e as bandeiras, que gritou palavras de ordem e cantou canções de protesto, sentirá que cumpriu o seu dever… Embora esteja um passo mais próximo da miséria…