Ministro da Economia diz que há "muitas" medidas para promover o emprego em curso
As afirmações de Álvaro Santos Pereira seriam risíveis se não fossem tão dramáticas, pois com uma taxa de desemprego de mais de 15% e com o desemprego real a atingir mais de 1,244 milhões de pessoas, o Ministro vem defender que existem e estão a ser implementadas políticas de apoio ao emprego. Na verdade, o Governo apenas tem anunciado uma verba de 300 milhões de euros que serviria para subsidiar com quase um salário mínimo os empresários que quisessem contratar (fosse qual fosse o tipo de vínculo) desempregados de longa duração. Ou seja, dinheiro grátis para os patrões, miséria e precariedade para quem trabalha.
As declarações do Ministro foram proferidas na sequência da ameaça de João Proença, que garante que a UGT denunciará o “acordo” que assinou na Concertação Social com Governo e patrões se não forem implementadas medidas de apoio ao emprego. Infelizmente, o caminho traçado neste acordo era, desde o início, o do aumento do desemprego, da precariedade e da exploração. Assim, se Proença assegura que a UGT faz depender a subscrição do acordo a um combate concreto e comprometido a desemprego, então só lhe resta desvincular-se. Nós reafirmamos que a política da austeridade, do desemprego, da precariedade e da pobreza só merece oposição e o combate por alternativas colectivas ao autoritarismo económico e social.
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