Ministro da Saúde quer apaziguar enfermeiros com promessas vazias

Na semana em que o Ministro da Saúde – o senhor que vinha do sector da saúde privada e que tinha a missão de desmantelar o serviço nacional de saúde – enfrenta a maior greve de médicos dos últimos 25 anos, o Governo mostra que também teme a mobilização dos enfermeiros e das enfermeiras contra a precariedade os baixos salários (ver notícia aqui).


Em questão está um concurso para a contratação de horas de profissionais de enfermagem a empresas de recursos humanos a 3,96 €/hora para os centros de saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo (distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém). As empresas de trabalho temporário e de recursos humanos (muitas vezes a mesma empresa tem as duas vertentes) contratam profissionais a contratos ao dia ou a falsos recibos verdes por preços irrisórios para colmatar as necessidades permanentes de pessoal no Serviço Nacional de Saúde.

O Ministro agora promete reverter o concurso que levantou o véu sobre estas contratações precárias e com baixos salários, mas não deu indicações de que irá abrir vagas para os/as enfermeiros/as, muito embora as funções que estes/as precários/as cumpram sejam permanentes.

A precariedade, como sempre a Ass. de Combate à Precariedade afirmou, é uma proposta para todas as relações laborais e nem mesmo os/as médicos/as e os/as enfermeiros/as lhe estão imunes. Assim, estamos absolutamente sintonizados com todos e todas aqueles que estão a denunciar as políticas dos Governos que promovem a precariedade, os baixos salários e os lucros milionários das empresas de trabalho temporário e de recursos humanos.

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