O acordo em que só ganham as empresas

O acordo formalmente assinado hoje pelo Governo, patrões e a UGT significa uma mudança qualitativa nas leis laborais em Portugal onde, como é dito no Jornal de Negócios, “Tudo o que é perdido, é o trabalhador que perde. Tudo o que é ganho, é a empresa que ganha, Tudo o que é omisso, é omisso para o trabalhador, para o precário ou para o desempregado”.
Com este acordo o PSD e CDS conseguiram, entre outras coisas, levar avante a sua proposta de acabar com o despedimento sem justa causa ao permitir que este se faça por “inadaptação”, as férias diminuem, o banco de horas é aumentado e flexibilizado, as horas extraordinárias são mais baratas e outras mais medidas que podem ser consultadas aqui. Tudo isto com o apoio da UGT, que, por mais que se tente defender, assinou ontem a sua certidão de óbito na representação de qualquer trabalhador (como é dito pelo seu anterior representante Torres Couto).
Neste acordo faltou, e só poderia ser assim, a assinatura da estrutura que representa a maioria dos trabalhadores em Portugal, a CGTP. As razões da não assinatura deste acordo por parte da Intersindical são expostas por Arménio Carlos nesta “entrevista” conduzida ontem pelo jornalista Mário Crespo.

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