OCDE quer trocar menos salário e mais precariedade por flexibilização do tempo da meta do défice
Angel Gurria, Sec. Geral da OCDE |
A organização mundial afirma que “A protecção no emprego para os trabalhadores permanentes continua acima da média” e, “dada a fraca performance do mercado laboral, é preciso fazer mais”, ou seja, à semelhança do Governo e da troika, a OCDE defende que a precariedade deve ser para todos. E nem o escondem muito, pois defendem literalmente a abolição de uma suposta dualidade no mundo do trabalho entre os precários e os não precários. Para tal “sugerem” o alargamento do período experimental dos contratos para 6 meses e ainda uma maior redução do subsídio de desemprego.
Quanto aos subsídios de férias e de natal, a organização dos países desenvolvidos diz que um corte total para toda a população é “razoável”, mesmo que se faça através de um imposto extraordinário.
Nota-se a confluência do discurso fundamentalista do regime da austeridade nas organizações internacionais, o que nos faz pensar que também os movimentos sociais e os sindicatos têm de apresentar alternativas internacionais à destruição das vidas das populações afetadas pela crise que vivemos.
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