Opinião: PI junta, não divide!
O PI é um grupo aberto e informal com gente estudante, gente precária, gente trabalhadora, não-precários, desempregados, sindicalistas, jornalistas, engenheiros, agricultores ou coisas parecidas, membros de partidos, apartidários, etc… só ainda não temos reformados e jogadores de futebol… mas vamos ter, porque cada vez somos mais e com mais força.
Estivemos na manifestação do 1 de Maio organizada pela CGTP, com todo o gosto, com toda a força. Estaremos nas próximas, e estaremos onde acharmos que acrescentamos força à luta, que recriamos a luta, que lideramos ou motivamos luta, que assistimos e participamos na multiplicação das forças de combate à precariedade e aos ladrões de todos os dias. Onde fizer sentido o confronto aberto com quem organiza a precariedade, lá estaremos para os confrontar cara-a-cara, olhos-nos-olhos com a sua agressividade e simultânea fragilidade remetendo-os à gaguez temporária (ver aqui e aqui). Nunca, mas nunca, estaremos ao lado de quem programa a nossa vida difícil com um sorriso nos lábios e o divulga como uma inevitabilidade.
Mais uma vez, acordos sobre legislação de trabalho, foram assinados por alguém que poderá explicar porque razão esteve lado a lado com os responsáveis pela derrocada dos direitos de quem trabalha. Mais uma vez o arranjinho se sobrepôs aos direitos da maioria dos trabalhadores, e de tant@s precári@s.
João Proença, secretário geral da UGT, marcou presença, não propriamente em debates, como parece que andam a tentar confundir, mas em sessões de esclarecimento sobre as propostas de alteração ao Código do Trabalho pelo PS aos militantes do PS que apoiam este governo. FESAP e SQTE assinaram o acordo com o Governo. Deixaram passar as propostas que classificamos como declaração de guerra. Depois, vem o sr. João Proença exigir um plano de combate às desigualdades sociais.
Aliás, será interessante ler a notícia do jornal Sol que relata posições bem diferentes dentro do mesmo partido do Governo em dirigentes da comissão política:
“Além das intervenções do secretário-geral do PS, José Sócrates, e do ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, Carlos Trindade foi o único membro da Comissão Política Nacional do PS que pediu a palavra para falar sobre a revisão do Código de Trabalho — o tema que dominou a reunião da Comissão Política Nacional do PS.”
…
“Em declarações aos jornalistas, Carlos Trindade referiu que as propostas do executivo de revisão do Código de Trabalho vão mexer com as condições de vida de «milhões de trabalhadores». «Ora, o PS é um partido de esquerda e tem no Governo ministros que se dizem de esquerda» , referiu o dirigente sindical da CGTP-IN.
Ao contrário de Carlos Trindade, o secretário-geral da UGT, João Proença, membro por inerência da Comissão Política do PS, optou por ficar em silêncio na reunião. Sobre o que disseram José Sócrates e Vieira da Silva na reunião, João Proença deu uma resposta seca: «Não concordo nem discordo. O primeiro-ministro e o ministro do Trabalho intervieram na defesa da proposta de revisão do Código de Trabalho. Eu optei por não falar»“
Ver a notícia do Sol, aqui.
Primeiro João Proença assina acordos, dá a mãozinha ao PS que está no Governo e depois exige (????) um plano de combate às desigualdades sociais. Não concorda nem discorda? Há qualquer coisa aqui que eu não estou a perceber…
rUImAIA






