Orçamento de Estado reconhece que emprego cresce à custa da precariedade
No relatório para o Orçamento de Estado de 2009 na parte dedicada ao mercado de trabalho há uma ou duas frases que merecem destaque. Hoje expomos esta:
“No primeiro semestre de 2008, o emprego cresceu 1,3% em termos homólogos, continuando o movimento de aceleração registado em 2007, e tendo beneficiado do crescimento observado entre os indivíduos com 45 ou mais anos. O número de trabalhadores por conta de outrem registou um crescimento homólogo de 1,6%, apoiado exclusivamente no aumento dos trabalhadores com contrato a termo certo (10,3%), uma vez que o número de trabalhadores com contrato sem termo permaneceu praticamente inalterado face ao primeiro semestre de 2007. Na primeira metade de 2008, a variação homóloga do trabalho por conta própria foi de 2,2%, evidenciando uma desaceleração face ao segundo semestre de 2007. Em termos sectoriais, o crescimento de emprego concentrou-se exclusivamente nos serviços (variação homóloga de 3,4%), tendo o emprego nos restantes sectores diminuído face ao primeiro trimestre de 2007″
De facto houve um crescimento do emprego mas à custa do trabalho precário, a tradução para português de “contratos com termo certo”.
Podem ler mais aqui, a partir da página 101.