Portugal com o mais baixo salário da UE em 2013, resultado da "matriz ideológica da troika"

Passos não o aceita, mas os salários são os alicerces da economia e da saída da crise
Passos não o aceita, mas os salários são os alicerces da economia e da saída da crise

De acordo com Luís Bento, especialista em recursos humanos entrevistado pela dinheiro vivo, a tendência da diminuição do salário em Portugal vai acentuar-se muito no ano de 2013 e o aumento que se pode verificar nos números do INE do número de portugueses a ganhar menos de 310€/mês é o reflexo dessa tendência.

O especialista avisa que esta descida dos salários faz parte da “matriz ideológica do programa da troika”, que pretende aumentar a produtividade reduzindo os salários.

Hoje o salário em Portugal está próximo do da Roménia, mas veremos uma diminuição de mais de 5% dos salários no primeiro trimestre, fazendo com que tenhamos os salários mais baixos da União Europeia de acordo com Luís Bento.

Os Precários sempre o afirmaram: o objetivo do Orçamento de Estado de 2012 e de 2013 foi descer os salários e isso realizou-se pelo aumento do desemprego e da precariedade e pelo corte fiscal nos ordenados. No entanto, os míticos ganhos em produtividade não se fazem sentir e o desemprego já afeta 1,4 milhões de pessoas, o que nos faz cair numa espiral recessiva. Outro caminho para a saída da crise era apostar na qualificação e na inovação e nas industrias do conhecimento, mas o Governo apressou-se a dizer aos mais qualificados para procurarem trabalho no estrangeiro, criando uma fuga de cérebros.

Os baixos salários de quem trabalha em Portugal contrasta com o aumento de 13% das fortunas dos mais ricos do país.

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