Previsões do Banco de Portugal anunciam fim da linha. Para quem?
Bansky |
Segundo as estimativas apontadas pelo Banco de Portugal a economia irá em 2012 e 2013 ter resultados devastadores. Isso quer dizer que as vidas de muitas pessoas, que já vivem no limite do seu salário ou da sua pensão, vão ser arrasadas, e muitas vezes, empurradas para a pobreza real. As medidas recessivas dos planos de austeridade de Passos Coelho e Paulo Portas vão fazer com a maioria dos cidadãos percam 11% do rendimento disponível real entre 2011 e 2013, apesar do poder de compra em Portugal estar 20% abaixo da média europeia.
Portugal foi o único país dos intervencionados com os planos de austeridade em que os pobres pagaram, e continuam a pagar, mais do que os ricos. Enquanto a pobreza não pára de crescer em Portugal, foi comprovado com números do Eurostat que a desigualdade aumentou com a crise, com os planos de Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas.
O Banco de Portugal estima ainda que a economia resultante da austeridade destrua 87 mil empregos em 2012 e 29 mil em 2013. A juntar aos mais de 700 mil desempregados que há hoje temos, Portugal caminha para perto de 1 milhão de desempregados em 2013.
Os despedimentos, os contratos precários e ilegais, e as negociações frandulentas de baixas salariais continuam a aumentar. As administrações usam dessas facilidades e privilégios oferecidos pelos sucessivos governos em detrimento de melhorias nos processos de negócio, reorganização das empresas, introdução de conhecimento ou diferenciação através da cadeia de valor. A política fácil tem a escola do século passado em Portugal, com a liderança dos governos PS e PSD-CDS.
Sob a condução do Ministro Pedro Mota Soares a Segurança Social tem reduzido drasticamente o valor total das prestações de desemprego ou de pobreza, isto apesar de existirem muitos mais a necessitar de ajuda. Ao mesmo tempo o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e os seus adjundos mais ou menos mudos (Paulo Portas) aconselham os jovens e menos-jovens qualificados a emigrar. Preparam a privatização da Segurança Social e descontroem aceleradamente o Serviço Nacional de Saúde.
O regime está a mudar. Em 2012 o país está já muito diferente, ainda mais desigual, mais pobre, com ricos mais ricos e muitos pobres e mais pobres. É exactamente o contrário do sentido da Democracia e das alternativas nas políticas sociais e económicas.
A cada cidadão, trabalhador, estudante, desempregado, pensionista, resta responder à pergunta se este será o fim da linha para as nossas vidas com alguns direitos e para o nosso futuro, ou será o fim da linha para a política de austeridade de Passos Coelho e Paulo Portas?
Ver:
Despedimentos colectivos não param de aumentar
Não há desculpa para a desigualdade na austeridade
Austeridade induz aumento da desigualdade em Portugal
Poder de compra dos portugueses está 20% abaixo da média europeia
Pobreza em Portugal não pára de crescer
Famílias perdem 11% do rendimento em apenas três anos






