Trabalhadores e população lutam na Grécia contra os roubos da austeridade
No dia em que o parlamento grego analisa um novo plano de resgate e de austeridade até 2015, os trabalhadores gregos, com os seus sindicatos, juntam mais de 25 mil pessoas em frente ao parlamento de Atenas. Este novo plano prevê mais cortes (ou poupanças, como lhe chamam) de 2,8 mil milhões de euros, entre privatizações, cortes salariais, encerramento de empresas públicas e aumentos de impostos, e demonstra claramente que a austeridade e a precariedade destroem as economias e as vidas. Os gregos estão a rejeitá-lo com a terceira greve geral de 24 horas deste ano num país novamente à beira da bancarota.
Georges Papandreu, o primeiro ministro grego, ao chegar ao palácio presidencial onde se reuniu com o Presidente Carolos Papoulias, declarou com a solenidade habitual destes momentos que
«É necessário um esforço do país porque estamos num momento histórico crucial e devemos tomar decisões cruciais». Esta frase, bem aplicada pelos testas-de-ferro na Grécia, é também um lugar-comum do poder político em Portugal. «Acredito no benefício do entendimento nacional, estou sempre em contacto com os outros líderes partidários, a partir daí, cada um assume as suas responsabilidades». Seja Georges Papandreu, Francisco Van Zeller, Ferraz da Costa, Vítor Bento, Daniel Bessa, Teixeira dos Santos, Eduardo Catroga ou Cavaco Silva, a frase, fica sempre a condizer.
Milhares de «indignados» gregos, que se encontravam acampados há três semanas em várias praças do país, nomeadamente da Praça Syntagma, juntaram-se aos participantes na manifestação, convocada pelos sindicatos.
Os comboios e navios estão parados bem como bancos, ministérios, serviços públicos, creches e empresas estatais.
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