Uma proposta central do Regime da Austeridade: O fim do SNS

  • Alguns dos principais suportes da Democracia passam pela solidariedade e pelo acesso tendencialmente gratuito e universal aos serviços de sáude e de educação. Estas foram algumas das formas encontradas mais eficazes para combater a desigualdade e promover a inclusão social. Por isso mesmo, depois dos ataques directos à legislação laboral e ao salário, os governos da finança e da banca avançaram para o desmantelamento e enfraquecimento da Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde.
Para 2012 o programa do Governo justificado com a “ajuda” da troika é claro: privatização da Segurança Social, utilização dos seus fundos e desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde. Este desmontar de serviços que levaram anos a ser  construídos com todas as dificuldades não é feito directamente em forma de política democrática e debatida, pelo contrário. É planeado e implementado o progressivo afastamento dos cidadãos dos serviços que são seus, através de aumentos de preços e de diminuição da quantidade e qualidade dos serviços. Depois, é apresentado aos cidadãos um modelo alternativo, um suposto aumento da liberdade de escolha em que um ou mais prestadores são privados e aparecem com a força nova de quem nunca assumiu nem assumirá responsabilidades perante a democracia e a igualdade porque de facto não tem essa responsabilidade.

Se pretendermos ter Serviço Nacional de Saúde em 2012 para todos os cidadãos e trabalhadores, e partir daí para o seu desenvolvimento e melhoria, teremos de o manter e reconquistar… pela reivindicação e intervenção cidadã e política. O mesmo se passará com os transportes públicos ou a com as reformas de quem viveu do seu trabalho.
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