341 mil postos de trabalho destruídos em 5 anos
O Banco de Portugal prevê que em 2011 e 2012 a economia portuguesa perda 100 mil postos de trabalho, perfazendo uma destruição de 341 mil postos de trabalho entre 2008 e 2012.
Segundo o INE, no primeiro trimestre do ano corrente o desemprego afectava 12,4% da população activa, prevendo uma escalada para os 13% no próximo ano.
Pelas contas do Jornal Expresso, feitas com base nos dados do Banco de Portugal, aqueles que não caíram no desemprego têm sentido os seus salários reais a descer, devido a cortes numa fatia variável do seu rendimento mas também porque as subidas se salário não têm acompanhado a inflacção. Desde a década de 80, o ano 2010 foi o que teve uma maior redução, com um corte de 1,5%.
A leitura dos números do desemprego tem de ser efectuada com alguma cautela, pois é preciso considerar que só estão a ser contabilizados os desempregados que estão inscritos nos centros de emprego. São cada vez mais os desempregados que já perderam as ilusões e que sabem que os centros de emprego não conseguem responder a todos e que durante a intermitência entre a precariedade e o desemprego (de maior ou menor duração) já não se inscrevem. Por outro lado, por escolha do Governo, são apagados milhares de trabalhadores da base de dados dos desempregados todos meses, situação que mascara a realidade.
Os próximos anos vão ser ainda mais difíceis, o futuro reservarnos-á um caminho tão mais duro quanto mais se promover a precariedade, quanto mais se destruir a segurança social e os direitos dos trabalhadores, em suma quanto mais “Troika” o Governo Passos Coelho e Paulo Portas acrescentar à “Troika”. Só a organização do movimento dos trabalhadores poderá virar o bico ao prego e trazer justiça à vida de todos nós.
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