700 despedidos: convocada greve dos trabalhadores da Segurança Social a 4 de Dezembro
O despedimento de 700 trabalhadores da Segurança, anunciado cripticamente por Pedro Mota Soares, levou à convocação de uma greve da Segurança Social no próximo dia 4 de Dezembro. O Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) apresentou também uma providência cautelar para travar estes despedimentos. Ontem no cordão humano que se reproduziu em várias cidades do país, trabalhadoras e trabalhadores do Instituto da Segurança Social protestaram contra os despedimentos num sistema que já hoje está subdimensionado em termos de pessoal para o serviço que tem de prestar.
O ministro Mota Soares acelera, neste fim de mandato, o desmantelamento da Segurança Social, depois de nos últimos três anos ter transformado o sistema numa máquina cruel de cobranças coercivas e penhoras indevidas, de ter cortado o apoio a dezenas de milhares de pessoas e de ter entregue funções essenciais do Estado a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e à Igreja Católica, de ter atacado furiosamente as Amas da Segurança Social. O despedimento que o advogado do CDS pretende esconder está já à vista de toda gente: são três técnicos de orientação escolar/social, sete enfermeiros, 22 técnicos de terapêutica, 139 docentes e 526 assistentes operacionais que o ministro quer atirar para o desemprego, reduzindo-lhes imediatamente 40% do salário, que aumentará em breve para um corte de 60% no salário, na expectativa que estas pessoas desistam.
Os protestos dos trabalhadores têm de conseguir travar Mota Soares e este governo, cuja única missão é garantir o desmantelamento irreversível do Estado Social em todas as suas vertentes. Segunda-feira está marcada uma vigília frente ao Ministério da Segurança Social em Lisboa.
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